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Tabela do imposto de renda está defasada; Bolsonaro não cumpre promessa de campanha de isentar trabalhadores que ganham até R$ 5mil

O governo federal, no mínimo, deve corrigir a tabela do Imposto de Renda pela inflação, ou estará, na prática, aumentando impostos. O problema é que a tabela não é corrigida há anos.
Jair Bolsonaro se elegeu prometendo fazer a correção, e até mesmo isentar quem ganha menos de R$ 5 mil. Até agora, nada foi feito sobre isso.

O aumento de 4,52% no Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 2020, divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), leva a uma defasagem acumulada de 113,09% da tabela do Imposto de Renda em relação à inflação nos últimos 24 anos, conforme cálculos do Sindicato dos Auditores Fiscais da Receita Federal (Sindifisco).

De acordo com a entidade, se essa tabela fosse atualizada considerando a defasagem sobre as perdas do contribuinte para a inflação do período, o valor da renda mensal para a isenção do Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF) seria de R$ 4.022,89. A última correção da tabela do IR ocorreu em 2015 e foi de 5,6%. 

Relação com o salário mínimo

Os dados do sindicato revelam ainda que a relação entre o valor do piso da isenção do Imposto de Renda e o salário mínimo vem encolhendo ano a ano devido a esse descompasso na correção da tabela. A isenção, em 1996, era de nove salário mínimos, e, em 2021, é de apenas 1,73%, o menor patamar da história. Em 2020, era 1,83%. Com isso, cada vez menos contribuintes estão na faixa de isenção. 

 “A cada ano que passa sem a correção da tabela representa mais imposto no lombo do contribuinte, sobretudo o assalariado que já paga muito”, lamentou Kleber Cabral, presidente do Sindifisco. A entidade alega que há espaço para correção da tabela, se o governo, por exemplo,acabar com 10% dos privilégios tributários concedidos a grandes corporações.

 

 

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