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PF pede ao STF abertura de inquérito para investigar Toffoli por venda de sentenças

Ex-governador relatou pagamentos a escritório de advocacia da mulher do ministro em troca de favorecimento em processos

 A Polícia Federal (PF) enviou ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin um pedido de abertura de inquérito contra o também ministro do STF Dias Toffoli, feito com base na delação premiada do ex-governador Sérgio Cabral (MDB). É a primeira vez que chega à Corte uma solicitação de inquérito feita pela PF contra um ministro do próprio Supremo. 

Ao apresentar uma complementação do seu acordo de delação, Cabral relatou ter tomado conhecimento sobre o suposto pagamento ao escritório da advogada Roberta Rangel, mulher do ministro, em troca do favorecimento a dois prefeitos do Rio em processos no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), quando Toffoli era ministro da Côrte.

O ministro Dias Toffoli afirmou, por meio da assessoria, “não ter conhecimento dos fatos mencionados e disse que jamais recebeu os supostos valores ilegais”. Ainda por meio da assessoria, “refutou a possibilidade de ter atuado para favorecer qualquer pessoa no exercício de suas funções”.

A PF enviou a Fachin o pedido de abertura de inquérito na semana passada, em conjunto com outros pedidos de investigação com base no complemento da delação de Cabral. Fachin encaminhou o material à PGR para uma manifestação.

Essa delação foi homologada pelo ministro Fachin no início do ano passado, apesar de a Procuradoria-Geral da República (PGR) ter se posicionado contra. 

 

 

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Após a homologação, a PF solicitou abertura de inquéritos contra ministros do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Tribunal de Contas da União (TCU) e parlamentares. As investigações foram autorizadas por Fachin. Em seguida, porém, o procurador-geral da República Augusto Aras pediu diretamente ao então presidente do STF Dias Toffoli que arquivasse os inquéritos. Toffoli acolheu o pedido, arquivando no ano passado todos os inquéritos solicitados com base na delação de Cabral.

Nos meses seguintes, Cabral apresentou os anexos complementares e foi ouvido novamente pela PF, que traçou novas frentes de investigação a partir da delação do ex-governador.

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