Fachin Arquiva Inquérito Que Investigava Renan Calheiros E Eduardo Braga Por Recebimento De Propina
Ministro do STF arquiva inquérito sobre suposto esquema de propina envolvendo senadores e a Hypera Farma
A decisão de arquivar o inquérito que examinava a potencial participação dos senadores Eduardo Braga (MDB-AM) e Renan Calheiros (MDB-AL) em um plano de propina para beneficiar a empresa farmacêutica Hypermarcas, hoje conhecida como Hypera Farma, no Senado Federal, foi tomada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Edson Fachin.
Fachin tomou sua decisão seguindo a orientação da Procuradoria-Geral da República (PGR), que sugeriu a finalização do caso em relação aos senadores.
Segundo o ministro, a PGR indicou a falta de novos rumos de investigação que poderiam auxiliar efetivamente na geração de evidências que validassem os eventos relatados. Por essa razão, Fachin decidiu que a continuação da investigação se tornou impraticável, devido à falta de interesse do Ministério Público Federal em prosseguir com o inquérito.
A Polícia Federal (PF) havia acusado os senadores de receberem cerca de R$ 20 milhões em propina para atuar em benefício da Hypermarcas entre 2012 e 2015, indiciando-os por crimes de organização criminosa, corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
Além disso, o ex-senador Romero Jucá (MDB-RR) também foi indiciado no caso, mas, sem foro privilegiado no STF, caberá à Justiça Federal do Distrito Federal avaliar a continuidade das investigações contra ele.
A PGR discordou do posicionamento da PF no caso de Renan e Braga, afirmando que os elementos obtidos durante a investigação não foram suficientes para corroborar o envolvimento de ambos nos crimes.
De acordo com a PGR, não existem evidências que mostrem que os parlamentares foram os beneficiários finais das vantagens ilícitas, nem provas que vão além de uma simples relação de proximidade entre Milton Lyra e Renan Calheiros. *Contra Fatos