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Israel executa líder máximo do Hamas; VEJA

As Forças de Defesa de Israel confirmaram, nesta quinta-feira (15/10), a morte do líder máximo do Hamas, Yahya Sinwar

As Forças de Defesa de Israel confirmaram, nesta quinta-feira (17/10), a morte do líder máximo do Hamas, Yahya Sinwar. Ele ocupava o cargo de autoridade máxima do grupo xiita Hamas e era considerado um dos principais arquitetos do ataque liderado pelo grupo contra Israel em 7 de outubro de 2023. Ataque deu início à guerra entre Israel e o Hamas.

Sinwar era considerado um dos líderes mais influentes do grupo. Ele viu seu poder crescer quando foi escolhido em agosto deste ano para liderar, também, o escritório político do grupo. Yahya assumiu o cargo depois que o chefe político do Hamas, Ismail Haniyeh, foi assassinado. Yahya Sinwar era considerado o principal estrategista militar do Hamas na Faixa de Gaza.

O líder nasceu em Gaza em 1962, após sua família fugir das zonas de guerra que resultaram na criação do Estado de Israel. Deslocamento esse que, segundo discursos de Sinwar em vida, influenciou profundamente sua decisão de se juntar ao Hamas na década de 1980.

O recrutamento de Sinwar foi feito pelo fundador do Hamas, Sheik Ahmed Yassin, que o elegeu como chefe de uma unidade de segurança interna conhecida como Al Majd.

Entre as funções de Yahya estava encontrar e punir suspeitos de violação de leis de moralidades islâmica ou de cooperar com os ocupantes israelenses, o que colocou o líder nos radares israelenses.

 

Em 1988, ele foi preso pelo assassinato de quatro palestinos acusados por ele de colaborarem com Israel. Durante o tempo que passou atrás das grades, ele se manteve ativo intelectualmente, traduzindo dezenas de milhares de páginas de autobiografias contrabandeadas em hebraico, escritas pelos antigos chefes da agência de segurança doméstica de Israel, Shin Bet. Na ocasião, manteve comunicação com outras autoridades do Hamas.

Durante seu tempo de prisão, Sinwar escreveu um romance chamado “The thorn and the carnation” (em tradução livre, o “O espinho e o cravo”), que conta a história de sua vida como refugiado em Gaza que se transforma em um defensor de seu povo e opositor dos israelenses.

Yahya Sinwar foi libertado da prisão israelense durante uma troca de prisioneiros em 2011. Na ocasião, ele afirmou que o Hamas sequestrava soldados israelenses como uma tática comprovada para libertar palestinos encarcerados por Israel.

“Para o prisioneiro, capturar um soldado israelense é a melhor notícia do universo, porque ele sabe que um vislumbre de esperança foi aberto para ele”, disse Sinwar.

Sinwar, após sair da prisão, casou-se e teve filhos. Ele falou pouco em público sobre sua família, mas em uma ocasião comentou que “as primeiras palavras que meu filho falou foram ‘pai’, ‘mãe’ e ‘drone’”.

Fonte/Créditos: Metrópoles

 Créditos (Imagem de capa): Yousef Masoud / Getty Images

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