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MST invade sede do Incra em Mato Grosso do Sul

Movimento afirma que as iniciativas do governo federal voltadas à reforma agrária são ‘insuficientes’

O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) invadiu na manhã desta quarta-feira, 17, a sede do Instituto Nacional de Colonização e da Reforma Agrária (Incra) em Campo Grande, capital de Mato Grosso do Sul. O ato, iniciado por volta das 7h, foi informado pelo próprio movimento em nota em seu site oficial. Segundo o movimento, cerca de 200 militantes participam da ação.

Na nota, o MST informou que a invasão tem o objetivo de “pressionar pela distribuição de terras para reforma agrária em áreas que já estão em negociação, que possuem ocupações ou cujos proprietários possuem irregularidades com a União”.

“Nossa ocupação é uma ação organizada com o objetivo de avançarmos na negociação com o Incra em Mato Grosso do Sul”, disse Laura Santos, da direção estadual do movimento invasor de terras. “Rumo à Reforma Agrária.”

No Estado do Centro-Oeste, o MST reivindica áreas em pelo menos oito municípios: Sidrolândia, Ponta Porã, Nova Andradina, Corguinho, Itaquiraí, Japorã, Bataiporã e Dourados. Eles cobram assentamentos para reforma agrária. Sem apresentar provas, o movimento também acusa fazendas da região pela prática do crime de trabalho escravo.

A invasão do Incra, de acordo com o movimento, faz parte da Jornada Nacional de Luta em Defesa da Reforma Agrária, que ocorre neste mês, conhecido como Abril Vermelho. Trata-se do período em que o grupo mais promove invasões.

 

Na última segunda-feira, 15, o MST invadiu 24 áreas nesta segunda-feira em 10 Estados e no Distrito Federal, com 20 mil famílias mobilizadas. O movimento informou que há 27 invasões em andamento.

MST invade Incra em Mato Grosso do Sul e a Embrapa em Pernambuco

No último domingo, 14, o MST invadiu propriedades da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) Semiárido, em Petrolina (PE). No mesmo dia, militantes invadiram uma área da Codevasf, utilizada pela Embrapa também em Petrolina.

Nesta semana, o governo federal lançou o Programa Terra para Gente, para acelerar o assentamento de famílias no Brasil. O projeto prevê a inclusão de 295 mil famílias no Programa Nacional de Reforma Agrária, sendo 74 mil assentadas e 221 mil reconhecidas ou regularizadas em lotes de assentamentos existentes até 2026.

O MST afirmou que as iniciativas do governo voltadas à reforma agrária são “insuficientes” e que há 70 mil famílias vivendo em acampamentos.

 FONTE/CRÉDITOS: Revista Oeste

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