Ministério da justiça de Lula descarta corrupção de servidores na fuga de Mossoró — “falhas nos protocolos de segurança prisional”
Relatório do Ministério da Justiça aponta somente falhas nos protocolos de segurança.
Nesta terça-feira (2), o governo federal, por meio do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), emitiu uma declaração afirmando que não foram encontrados indícios de corrupção envolvendo os funcionários da Penitenciária Federal de Mossoró, de onde dois detentos fugiram há 49 dias.
Em uma nota, a pasta apenas apontou falhas nos protocolos de segurança prisional e anunciou a abertura de três processos administrativos disciplinares, envolvendo 10 funcionários. Além disso, outros 17 funcionários concordaram em assinar termos de ajustamento de conduta, comprometendo-se a uma série de medidas, incluindo a proibição de cometer as mesmas infrações e participar de cursos de atualização.
A corregedora-geral da unidade, Marlene Rosa, ordenou uma nova investigação para apurar as causas da fuga, com ênfase nos problemas estruturais da unidade federal. No entanto, o ministério enfatizou que não há evidências de corrupção relacionadas à fuga dos narcotraficantes.
Especialistas em segurança pública entrevistados pelo Conexão Política são unânimes ao concordar que os dois fugitivos, associados à facção criminosa Comando Vermelho no estado do Acre, provavelmente receberam apoio durante a ação, sugerindo até mesmo a possível cumplicidade de indivíduos que estão dentro do sistema prisional.
Os dois criminosos ainda estão foragidos e o governo Lula já desembolsou aproximadamente R$ 2,5 milhões na operação de busca por Deibson Cabral Nascimento e Rogério da Silva Mendonça. Esse montante inclui despesas da Força Nacional de Segurança Pública, Polícia Federal, Diretoria do Sistema Penitenciário Federal e Coordenação-Geral de Operações Integradas e Combate ao Crime Organizado.
Vale lembrar, porém, que o custo total da operação pode ser ainda maior, uma vez que não foram divulgados os gastos da Polícia Rodoviária Federal nas buscas. Até o momento, o maior custo foi da Força Nacional, que desembolsou R$ 1.245.549,21 entre os dias 20 de fevereiro e 21 de março.
*Conexão Política