Marina Silva (Foto: Wilson Dias/Agência Brasil)
O presidente da CPI das ONGs, senador Plínio Valério, chamou de “promíscua” a relação entre a ministra do meio ambiente e o IPAM
A comissão Parlamentar de Inquérito(CPI), que investiga a atuação de ONGs na Amazônia, ouviu nesta terça-feira(17) André Guimarães, diretor da ONG Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia(Ipam). Segundo Guimarães, Marina Silva ocupa o cargo de conselheira honorária da Organização Não Governamental, que recebeu financiamento de R$ 35 milhões do Fundo Amazônia.
Segundo a CPI, a ministra também faz parte do Comitê Orientador do Fundo. O que dá a ela o poder de estabelecer diretrizes e critérios para a aplicação de recursos do Fundo Amazônia. Assim, a ministra poderia ajudar a destinar recursos para o Ipam. Situação que o presidente da Comissão apontou como “promíscua”.
Vale lembrar que recentemente Marina Silva culpou o governo de Jair Bolsonaro pelas queimadas intensas, especialmente em Manaus. O ex-presidente rebateu e chamou Marina de “incompetente e propagadora de fake news”.
Nas redes sociais, internautas cobram o posicionamento de artistas que durante o governo Bolsonaro faziam passeatas, vídeos e protestos na web e diziam que as iniciativas seriam em favor da floresta, mas agora ignoram a situação da Amazônia.
Também circulam vídeos de Manaus escondida em meio a fumaça das queimadas. Atrás apenas do Pará, o Amazonas registrou 2704 focos de incêndio apenas nos 12 primeiros dias do mês de outubro.
Além disso, conforme o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais(Inpe), os três primeiros meses do atual governo registraram recorde de desmatamento tanto na Amazônia quanto no Cerrado.
Na linha do tempo do desmatamento o campeão foi o Governo Fernando Henrique Cardoso, em 1995; o segundo e terceiro lugares são ocupados pelo governo de Lula em 2003 e 2004. Tanto em 2003 quanto em 2004 quem comandava o Ministério do Meio Ambiente era a atual ministra de Lula, Marina Silva.23:39
