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Israel contra-ataca com bombardeios, e Hamas ameaça executar reféns civis — “Só acabamos de começar; disse Netanyahu

Imagens: MOHAMMED ABED / AFP

Guerra está em seu terceiro dia e já deixou mais de 1.400 mortos; edifícios residenciais, mesquitas, universidade, hospital e empresa de telecomunicações foram atingidos nos ataques

O exército de Israel realiza um intenso ataque à Faixa de Gaza nesta segunda-feira, 9. A ‘Al Jazeera’ informou que a “Força Aérea israelita conseguiu realizar dezenas e centenas de ataques contra as infraestruturas civis e áreas residenciais de Gaza”. O exército afirma que esta preste a realizar uma das maiores ondas de ataques aéreos contra o Hamas na região.

Segundo a imprensa local, Israel atingiu mil alvos em Gaza e os militares anunciaram que continuarão a atacar o território, mesmo que isso aconteça ao custo de prejudicar os cativos israelenses no enclave. Os israelenses também informaram que nesses ataques foram atingidos locais de armazenamento e fabricação de armas, centros de comando e controle e lançadores de foguetes. Pela manhã, o porta-voz das forças militares de Israel informou que as tropas batalhavam em sete ou oito pontos nos arredores de Gaza.

Segundo a ‘Al Jazeer’, edifícios residenciais, mesquitas, uma universidade, um hospital e uma empresa de telecomunicações foram todos atingidos pelos ataques israelenses. Nesta segunda, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, disse que esta guerra “vai mudar o Oriente Médio” e que os bombardeios atuais são apenas o início de um processo muito mais longo. “Sei que passou por momentos extremos. O que o Hamas viverá será duro e terrível. Já estamos no meio da batalha e só acabamos de começar”, disse Netanyahu em reunião com políticos israelenses das regiões do sul, as mais atingidas pelo ataque lançado de Gaza no sábado passado.

 

“A nação fará tudo o que estiver ao seu alcance para ajudá-los. Peço que sejam fortes porque vamos mudar o Oriente Médio”, declarou o primeiro-ministro, segundo um comunicado do seu gabinete. Exército de Israel diz que continuará atacando Gaza até que o Hamas seja privado de capacidades.

Vídeos mostram a região tomada por uma fumaça cinza que sobem dos escombros dos edifícios destruídos. Em decorrência dos bombardeios e dos cortes que foram impostos por Israel pela manhã, Mohammed Abu Mughaiseeb, médico referente dos Médicos Sem Fronteiras (MSF) em Gaza alertou que o sistema de saúde do território poderá entrar em colapso nos próximos dias em meio aos cortes de energia impostos por Israel.

“Acho que em alguns dias, se as coisas não se acalmarem, acho que a situação entrará em colapso nos hospitais”, disse, acrescentando que não há lugar seguro em Gaza. Em reposta aos ataques israelenses, o grupo Hamas ameaçou executar “publicamente” reféns civis se Israel continuar bombardeando indiscriminadamente sem aviso prévio aos residentes. “Qualquer ataque contra casas inocentes em Gaza sem aviso prévio e alerta será respondido com a execução pública de um refém”, disse Abu Obeida, porta-voz das brigadas Al Qassam, o braço armado do Hamas, em um comunicado.

“As execuções serão de reféns, civis, não militares, e serão transmitidas online”, acrescentou. A guerra entre israelenses e o grupo Hamas já deixaram ao menos 1.476 mortos e uma onda de destruição. De acordo com o último balanço das autoridades, foram 900 mortes em Israel, 560 na Faixa de Gaza e 16 na Cisjordânia.

O Exército israelense confirmou ter recentemente recuperado o controle de todas as zonas tomadas há dois dias pelas milícias, mas avisou que ainda podem existir “terroristas” escondidos nessas áreas, com os quais ocorreram “fortes trocas de tiros”. Além disso, o governo israelense instruiu o corte total do fornecimento de eletricidade, alimentos e combustível à Faixa de Gaza, habitado por cerca de 2,3 milhões de pessoas e fortemente dependentes de Israel.

Israel declarou o estado de guerra no sábado, depois do Hamas ter lançado um ataque múltiplo por terra, mar e ar que pegou o país de surpresa, em uma escala sem precedentes, com disparos de missões e incursões terrestres em solo israelenses, onde centenas de cidadãos foram mortos ou sequestrados.

*Com agências internacionais e jovem pan

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