A BRUTALIDADE DE LEIS FEITAS PARA PROTEGER INTERESSES INTERNACIONAIS E SEUS EFEITOS COLATERAIS NA AMAZÔNIA
Por Sérgio Pires — Opinião de Primeira
Não adianta reclamar. Não adianta protestar. Não adianta chorar toda a perda. O governo brasileiro, com apoio do Judiciário e ação efetiva da Polícia Federal e polícias ambientais, declarou mesmo guerra a um grupo de milhares de trabalhadores e às suas famílias, destruindo dragas e balsas que retiram ouro do rio Madeira, principalmente, mas também em outros rios da Amazônia.
Quando o ex-ministro Aldo Rebelo diz que o segundo maior volume de emprego da região é de jovens cooptados pelo narcotráfico, ele está se referindo a um dos efeitos colaterais dessa batalha contra quem vive do garimpo: destruindo tudo que eles têm e não deixando opção de trabalho, para onde vão os jovens e muitas destas pessoas desesperadas? Como sobreviverão?
A atual política é a de atender as exigências internacionais, representadas por centenas e centenas de ONGs que atuam por aqui e que empresários do agronegócio (como o apresentador Ratinho, apenas como exemplo, que tem fazendas no Acre e em outras áreas) chamam de canalhice, entre outras acusações. Ratinho divulga suas opiniões sobre as ONGs em vídeos publicados nas redes sociais.
Apenas no último final de semana, ações da PF destruíram nada menos do que 300 dragas e balsas no rio Madeira, dentro do território do vizinho Amazonas. Outras tantas, no lado de Rondônia, se não o foram, o serão queimadas em breve. O governo faz de conta que todas as riquezas que temos por aqui não são nossas.
Não fiscaliza, não organiza, não cobra impostos, não dá perspectivas de trabalho a milhares de pessoas. Só usa a força bruta, que as leis absurdas, feitas sob medida para atender interesses internacionais, todos de olho nas nossas riquezas e querendo que nosso agronegócio pereça, para não concorrer com o deles, nos obrigam a aceitar. Mais uma vez, parte importante dos brasileiros é tratada como criminosa, porque assim nos impõe os donos da Amazônia, que, infelizmente, mão somos nós, que vivemos aqui. Uma vergonha!