Ministros do STF não respondem por suas falas e ações — vivemos em um país de excessão e acima deles não existe ninguém a quem recorrer, só Deus

EDITORIAL DE OMADEIRA

Definitivamente, o Brasil vive uma ditadura sem tanques nas ruas, mas com o falso poder da caneta dos togados do STF. É incrível como esses magistrados não respondem pelos seus atos e suas falas, mesmo agindo contra a constituição federal e a tal democracia que eles tanto falam.

O ministro Roberto Barroso foi empossado como presidente da corte e, por maioria absoluta, foi eleito para presidir o supremo. Assim que foi revelado os votos dos ministros, Alexandre de Moraes, acredito que foi o único que votou nele mesmo, proferiu uma fala que em qualquer país com leis sérias, ele seria expurgado da vida pública.

Abre aspas para Moraes: ” se a eleição fosse no TSE eu tinha ganhado”. Gilmar Mendes ainda em tom jocoso falou para ele “colocar nos inquéritos” intermináveis que ele abriu e nunca conclui. Bem, se você acha a fala de Moraes normal, infelizmente ou você é tremendo ignorante no assunto ou é cúmplice deles.

A mídia comprada e os puxa sacos mostram essa fala como ‘brincadeira’ tentando dar um ar de normalidade, mas não é. Essa fala do ministro cospe na cara da sociedade de bem que querem um país livre do ativismo judicial que essa corte se tornou. Esse problema, infelizmente, não é de hoje, mas sim há no mínimo uns 50 anos. Porém, agora está escancarado e sem nenhum pudor.

O único poder capaz de barrar essas atrocidades é o Senado, mas temos um presidente fraco e que não está emprenhado em resolver esse problema que afeta a vida de todos. Rodrigo Pacheco está dentro do sistema podre e carcomido pelo que há de mais sujo no serviço público, o corporativismo.

Não vejo, por ora, nenhum meio ou alguém que tenha condições de parar, dentro da lei, esses togados que se apossaram do país sem receber se quer um voto. Ou Senado reage ou iremos nos afundar cada vez mais na lama com tanta insegurança jurídica. Isso não tem nada a ver com ideologias, mas com o cumprimento da lei e da ordem que norteiam qualquer país minimamente estável.