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Alexandre de Moraes manda prender Silvinei Vasques, ex-diretor da PRF na gestão Bolsonaro

Os mandados foram expedidos pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.

O ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal, Silvinei Vasques, foi preso preventivamente na manhã desta quarta (9) por suposta interferência no segundo turno das eleições presidenciais de 2022. A prisão ocorreu em Florianópolis durante a Operação Constituição Cidadã, da Polícia Federal, e ele será encaminhado para Brasília.

De acordo com as investigações, agentes da PRF teriam realizado mais de 500 operações rodoviárias com o intuito de dificultar o trânsito de eleitores no dia 30 de outubro de 2022, principalmente na região Nordeste do país — local em que o então candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT) estava em vantagem nas pesquisas eleitorais.

Os crimes apurados teriam sido planejados desde o início de outubro daquele ano. Os fatos são investigados pela CPMI dos atos de 8 de janeiro, que ouviu Vasques no dia 20 de junho.

O ex-PRF foi o primeiro a ser ouvido pelos parlamentares e negou as acusações. De acordo com ele, se criou uma “falsa narrativa” sobre as blitze no Nordeste no período eleitoral.

Ao todo, os policiais federais cumprem 10 mandados de busca e apreensão e um mandado de prisão preventiva, expedidos pelo Supremo Tribunal Federal, nos estados de Santa Catarina (onde houve a prisão de Vasques), Rio Grande do Sul, Distrito Federal e Rio Grande do Norte.

 

 

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A operação conta com o apoio da Corregedoria Geral da PRF, que determinou ainda a oitiva de 47 policiais rodoviários federais que seriam diretores da corporação durante a gestão de Silvinei Vasques.

Vasques negou interferência no segundo turno da eleição de 2022

Em um longo depoimento na CPMI que investiga os atos de 8 de janeiro, por cerca de 12 horas, Silvinei Vasques refutou as alegações de que policiais da PRF teriam sido direcionados para dificultar o deslocamento de eleitores durante o dia da votação.

“Grande parte dos nossos policiais eram eleitores do presidente Lula. Não há, não é possível cometer esse crime. Não tem como fazer uma operação dessa e envolver 13 mil policiais sem ter uma simples conversa de corredor”, disse à CPMI.

Vasques enfrenta um inquérito na Justiça do Rio de Janeiro por supostamente pedir votos para Bolsonaro nas eleições passadas, defendeu-se durante o depoimento. Ele enfatizou que nunca utilizou sua posição para beneficiar eleitoralmente o então presidente, destacando que fotos suas com Bolsonaro foram tiradas durante seu tempo livre.

O ex-diretor também buscou eximir Anderson Torres, ex-ministro da Justiça e seu superior na PRF, de qualquer responsabilidade nas supostas operações direcionadas. Vasques alegou que Torres foi informado sobre operações no Nordeste, mas negou ter recebido instruções específicas para prejudicar eleitores petistas.

Anderson Torres também foi ouvido pela CPMI dos atos de 8 de janeiro, nesta terça (8), e também negou a suposta interferência da PRF no segundo turno das eleições presidenciais de 2022 em estados do Nordeste.

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