Opinião

DITADURA SEM TANQUES NAS RUAS: Juíza é afastada do cargo por criticar decisões do STF — OMADEIRA

Magistrada afirma ser vítima de perseguição

Vivemos tempos sombrios e difíceis na tal ‘democracia de faz de contas’ no Brasil. Qualquer um que se atreva a pensar diferente ou agir fora da ‘lei deles’ estará fadado a perseguições políticas e assédios judiciais intermináveis, principalmente, nas mais altas cortes deste país.

Os ‘deuses’ do STF, TSE –por exemplo, e os que fazem parte da patota podem falar o que bem entenderem fora dos autos: conceder entrevistas, fazer lives com pseudos-famosos e artista, os seja, eles podem tudo, desde que estejam alinhados com suas ideologias (nefastas) políticas. O Brasil vive uma ditadura sem tanques nas ruas.

Ora vejam, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) afastou a juíza Ludmila Lins Grillo, do Tribunal de Justiça de Minas Gerais, na última terça-feira 14, depois de abrir dois processos administrativos contra a magistrada. Ela entrou no alvo do CNJ depois de criticar decisões de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). Ordem judicial tem de ser cumprida, porém pode ser discutida e sujeita a opinião popular. Mas criticar os bastiãos da moralidade e bons costumes do supremo virou crime de opinião. Absurdo!

Ludmila Lins Grillo: Imagem reprodução das redes sociais

Ludmila discorda do inquérito das fake news e disse que juízes do STF podem ser alvo de impeachment. Ela mentiu? E não podem?

 

A primeira investigação interna vai apurar se a magistrada violou os deveres funcionais. Ela supostamente tem faltas sistemáticas ao trabalho presencial, baixa produtividade, morosidade e exercício paralelo de atividade empresarial.

Em sua defesa, Ludmila alegou ser vítima de um “assassinato de reputação” e de um “estardalhaço midiático”. A magistrada disse que deixou o expediente presencial e começou a fazer audiências, a partir de cidades alternadas, porque passou a sofrer ameaças relacionadas ao trabalho.

“O Gabinete de Segurança Institucional do Tribunal de Justiça expressamente recomendou que o público não tivesse ciência da minha localização física, pois isso implicaria imediato risco de vida”, disse. “Eu mesma tive de prover a minha própria segurança, trabalhando integralmente por videoconferência.”

O segundo processo disciplinar é sobre “manifestações político-partidárias” da juíza em entrevistas, eventos e nas redes sociais. O CNJ vai investigar se ela violou o dever de imparcialidade.

Ludmila violou o dever de imparcialidade? Os ‘iluminados’ do STF e TSE nunca se manifestaram politicamente? Problema não é sobre o que se manifesta, mas sim quem se manifesta. Qualquer opinião contrária tem de ser calada, ou na base da ameaça ou usando o aparelho jurídico na tentativa de calar as vozes dissidentes.

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