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Comediantes que declararam voto em Lula reclamam de censura — VEJA

Decisão de juíza de São Paulo derrubou especial de comédia de Léo Lins, que somava 3,3 milhões de acessos, e impôs censura prévia, proibindo novas piadas

Reportagem da Gazeta do povo traz uma série de comediantes que contestam a decisão judicial que proibiu show e novas piadas.

O fato é que todos os comediantes (abaixo) se posicionaram, por mais de uma vez, contra o Governo Bolsonaro e normalizaram a disputa eleitoral de 2022 com um representante condenado, em três instâncias, pela Justiça brasileira.

Ainda que alguns deles (ou todos) não tenham declarado seus votos, suas posturas infantis, demagogias e hipócritas permitiram o que vivemos hoje no Brasil.

O silêncio, quando não era aplauso, para injustiças e perseguições praticadas contra representantes de espectro político não correspondente aos seus, mostra que a conveniência com a injustiça cobra um preço muito alto.

“Esse é o maior absurdo que eu vejo na comédia desde que o CQC [programa de televisão que fazia cobertura crítico e humorística da política em Brasília] foi impedido de entrar no Congresso e da proibição de piadas com políticos.
Oscar Filho – Humorista e ex-integrante do CQC

“Quem foi lá assistir ao Léo Lins [no show censurado] adorou. Riram muito. Quem não gostou das piadas são os que não foram. Pronto, assim que tem que ser. Ah, mas faz piada com minorias… E qual o problema legal? Nenhum. Dentro da lei pode-se fazer piada com tudo tudo tudo. Não gostar de uma piada não dá o direito de impedir ela de existir. Ainda mais previamente. Impedir o comediante de pensar uma piada é loucura. Não existe censura do bem”.
Fábio Porchat – Humorista, apresentador de TV e um dos criadores do canal Porta dos Fundos

“Um absurdo! Não cabe à Justiça – e nem a ninguém – aprovar ou censurar piadas alheias. Pode-se gostar, detestar ou criticar a comédia ou o comediante, mas piadas são só piadas. Piadas não matam mais que dramas, jornalismo, publicidade ou a realidade”.
Antonio Tabet – Humorista e um dos criadores do canal Porta dos Fundos

“Estamos em 2023 e mais uma vez os poderosos vencem. Só que nunca antes na história do Brasil a população esteve tão ao lado dos poderosos. Porque eles fazem todo um artifício para você endossar atitudes autoritárias achando que você está fazendo um bem para a noção”.
Mauricio Meireles – Comediante e ex-membro do CQC

“O que fizeram com o Léo Lins foi um absurdo. Tirar do ar o trabalho do cara que leva alegria para milhares de pessoas, inclusive minorias, é no mínimo autoritário. Arte é subjetiva. Isso é censura. Alguns comediantes são especialistas nessas piadas [de humor negro/ácido]. Não quer dizer que sejam nazistas, racistas, homofóbicos … apenas abordam esses assuntos, inclusive fazendo pensar”.
Fábio Rabin – Humorista

“Estamos vivendo tempos difíceis e perigosos para a comédia. Nesse caso do Léo Lins há justificativas muito superficiais para excluir um show que ele dedicou tempo, dinheiro e energia. São indícios de decisões de ditadores”.
Bruno Lambert – Humorista recentemente denunciado pela deputada federal Tabata Amaral (PSB-SP) por ter feito uma piada envolvendo uma mulher cadeirante

Outros comediantes de stand-up, como Thiago Ventura, Rogério Morgado, Murilo couto, Diego Serafim, Marcus Cirilo e Diogo Portugal também se manifestaram contra a censura a Léo Lins.

 

Com informações de Aliados do Brasil oficial

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