Nos últimos anos, os diversos setores da economia mundial têm sido marcados pela força da mão de obra feminina. De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE, as mulheres representam 44% da força de trabalho no Brasil. Elas se destacam nas mais variadas atividades econômicas e produtivas da sociedade, seja no setor primário que diz respeito à agricultura, à pecuária e ao extrativismo; no secundário que corresponde à indústria e no terciário que agrega os serviços formais ou informais, prestados nas demais áreas, e também as atividades comerciais.
No setor de saneamento básico, em Rondônia, elas também se destacam. Na Companhia de Águas e Esgotos de Rondônia – Caerd, a participação feminina na empresa é de cerca de 30% e elas atuam em diferentes setores: administrativos, financeiros, almoxarifado e serviços gerais. Engenharia, Contabilidade, Segurança do Trabalho, Recursos Humanos – RH e Estações de Tratamento de Água – ETAs, entre outros.
“Em minha gestão do Governo de Rondônia, nas pastas de relevância a presença de mulheres predomina. Possuem senso de organização, visão empreendedora e dedicação, que agregam na qualidade do serviço prestado. A mão de obra feminina no saneamento básico é muito importante, principalmente na área do tratamento de água. Por serem cuidadosas e detalhistas nos procedimentos, com certeza a qualidade da água está garantida”, destaca o governador Marcos Rocha.
Na Caerd, elas estão cada vez mais engajadas em projetos e iniciativas que visam a melhoria do serviço prestado à população, como a implantação de novas tecnologias e ações de conscientização ambiental. Essa postura tem contribuído para a empresa ter uma atuação mais eficiente e eficaz.
“Em todas as áreas, a competência e a dedicação das mulheres têm sido fundamentais para o bom desempenho da empresa”, enfatiza a responsável pelo Serviço Especializado em Medicina e Segurança do Trabalho – Sesmet e conselheira eleita pelos empregados da Caerd, Márcia Cristina Luna.
PROTAGONISMO FEMININO
A mão de obra feminina no saneamento básico rondoniense está presente desde o início da criação da Companhia em 1969. Seis anos depois, em 1975, a empresa contratou a primeira mulher para atuar no setor. Maria de Fátima Marques, com 43 anos de carreira, desenvolve suas atividades no setor financeiro.
No ano de 2011, a Companhia, pela primeira e única vez, foi presidida por uma equipe de mulheres e servidoras de carreira. A engenheira civil Márcia Cristina Luna, como presidente; Débora Reis, na Diretoria Técnica Operacional – DTO e Fátima Marques, na Diretoria Administrativa e Financeira – DAF.
“Assumi quase todos os cargos na Caerd, desde chefia de oficina até a diretoria técnica operacional e finalmente a presidência. Nesta época, Fátima Marques, já estava como diretora da DAF, permaneceu pela sua extrema competência e seriedade com a coisa pública. Na DTO assumiu a engenheira eletricista, Débora Reis. Assim formamos um trio de gestoras comprometidas com a lisura e a transparência e entregamos uma companhia viva, com salários em dia, passivo renegociado e em busca da recuperação financeira”, relembra a engenheira.
Márcia Cristina Luna é uma daquelas mulheres de destaque em diversas áreas. Entre tantos homens, era a única da turma do curso de Engenharia Civil. Quando recebeu a carteira profissional estava registrada como “engenheiro”, porque não havia ainda o feminino no conselho de classe.
“É importante ressaltar que a participação feminina no setor de saneamento básico em Rondônia é uma realidade recente e que, por isso, é preciso que sejam implementadas políticas e iniciativas que incentivem a igualdade de gênero e promovam a diversidade no ambiente de trabalho. Somente assim, será possível avançar ainda mais na prestação de serviços de qualidade e na valorização do trabalho das mulheres nesse setor tão importante para a população”, enfatiza o presidente da Caerd, Cleverson Brancalhão.
