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Conheça o que são as bombas termobáricas que a Rússia pode usar em ataque à Ucrânia

Modelo russo foi apresentado pela primeira vez em 2007; também chamada de bomba de vácuo ou de ar combustível, seu poder de destruição é maior do que artefatos de mesmo peso

Após o presidente russo, Vladimir Putin, colocar as forças de dissuasão nuclear “em alerta máximo” neste domingo (27), as preocupações de que o confronto contra a Ucrânia possa se tornar uma guerra nuclear aumentaram. A medida adotada coloca as armas em prontidão de lançamento. E, em meio às tensões, uma possibilidade levantada é de que entre as armas utilizadas estejam as chamadas bombas termobáricas.

Apesar de o termo ter surgido no começo dos anos 2000, sendo citado pela primeira vez pelo exército dos Estados Unidos, a tecnologia data dos anos 1960, tendo sido utilizada em pequena escala na Guerra do Vietnã. Do grego, significa “calor” e “pressão”, sendo também chamada de bomba de vácuo ou de ar combustível.

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A bomba termobárica é ativada em dois estágios, de acordo com Nelson Düring, editor do site DefesaNet. Na primeira etapa, uma pequena explosão cria uma nuvem de material explosivo, como um aerossol, que suga o oxigênio em volta e cria uma onda de impacto maior do que a provocada por explosivos convencionais. 

— Esse aumento na pressão e na temperatura, criadas pelo vácuo desse aerossol, é utilizado principalmente para destruir estruturas em terrenos urbanos, como bunkers subterrâneos e prédios. Também pode ser utilizado previamente em áreas onde possam existir minas terrestres enterradas, pois o aumento da pressão ativa os explosivos e permite a passagem de tropas com mais segurança — explica Düring.

Além disso, ao contrário de armas explosivas comuns, que têm cerca de 25% do seu volume total contendo o material explosivo a ser detonado, as bombas termobáricas têm quase todo o volume preenchido por ele. Isso resulta em um poder de destruição superior a outras bombas de mesmo peso.

 

 O artefato tem capacidade destrutiva semelhante a uma explosão causada por armas nucleares, mas com a “vantagem” de não contaminar o ambiente com materiais radioativos.

Contudo, apesar dessas informações, o que se sabe de concreto sobre os modelos russos é bastante escasso. Uma das especulações é que, em 2007, a Rússia criou sua própria versão de bomba termobárica em resposta ao modelo apresentado pelos Estados Unidos anos antes, só que utilizando quatro vezes mais explosivos. 

Atualmente, se acredita que o Reino Unido e a china tenham desenvolvido suas próprias bombas termobáricas. De acordo com uma publicação de 2020 da revista Passadiço, a Força Aérea Brasileira está trabalhando em sua versão por meio do projeto Trocano.

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