Número de mortos em Mianmar após terremoto salta para mais de mil, diz mídia estatal — VÍDEO

Os feridos chegam a 2.376. Em Bangkok, na Tailândia, 9 morreram e 101 estão desaparecidos sob os escombros de um prédio que desabou. Serviço Geológico dos EUA estima que fenômeno pode ter deixado mais de 10 mil mortos.
O número de mortos em Mianmar após o terremoto saltou para 1.002, segundo divulgado pela mídia estatal. Os feridos somam 2.376.
O país foi atingido por um terremoto de magnitude 7,7 nesta sexta-feira (28) que também foi fortemente sentido na Tailândia e na China.
Até o início desta madrugada, a informação era de que ao menos 144 pessoas morreram e 732 ficaram feridas pelo terremoto. Mais tarde, houve uma atualização para 694 e, segundo a última divulgação da mídia estatal, os mortos somam mais de mil.
Na última sexta-feira (28), o Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS, na sigla em inglês) emitiu um alerta vermelho para o acidente, estimando que os tremores podem ter deixado mais de 10 mil pessoas mortas.
“É provável que haja muitas vítimas e danos extensos, e o desastre provavelmente será generalizado”, afirmou o órgão norte-americano.
Na Tailândia, os tremores derrubaram um prédio em construção em Bangkok encontrado até a última atualização desta reportagem. Pelo menos nove pessoas morreram na cidade, diz o governo tailandês.
O epicentro do tremor foi localizado a 16 km a noroeste da cidade de Mandalay, na região central de Mianmar. Além da magnitude considerada muito alta, um dos fatores que agravaram a força do abalo foi a pouca profundidade do epicentro, que ocorreu a 10 km do solo. Isso fez com que o terremoto fosse sentido com mais intensidade.
A junta militar que governa Mianmar decretou estado de emergência em seis regiões, incluindo Sagaing, Mandalay e a capital, informou a mídia estatal. A junta foi estabelecida após golpe de Estado em 2021 e detém o controle sobre rádio, televisão e jornais. O acesso à internet também é limitado na região.
Em um movimento raro, a junta militar pediu doações a qualquer país ou organização que queira contribuir com as ações de resgate. Em um pronunciamento na TV estatal, o porta-voz também pediu materiais médicos para as vítimas.
O país já sofre com infraestrutura precária e um sistema de saúde debilitado por quatro anos de guerra civil.
- A União Europeia, a França e a Índia já manifestaram disposição de enviar ajuda.
- Uma análise do governo dos Estados Unidos estima que pode haver milhares de mortes e graves perdas econômicas. Segundo o serviço geológico americano, as regiões de Sagaing e Meiktila, em Mianmar, são as mais afetadas: “No geral, a população desta região reside em estruturas vulneráveis a tremores de terra”.
Desde que a junta tomou o poder, as antigas autoridades do país, depostas no golpe, formaram um governo paralelo, o Governo de Unidade Nacional. Este “governo paralelo” também diz ajudar nos resgates.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) está em viagem a Hanói, no Vietnã. O terremoto foi sentido na região; ministro disse que comitiva brasileira não foi impactada.
G1
Créditos (Imagem de capa): — Foto: Stringer/Reuters