STF gastará R$ 80 Milhões de dinheiro público em Segurança Privada Armada para Proteção dos Ministros
*Contra fatos
O Supremo Tribunal Federal (STF) definiu, na última quarta-feira (22), que irá gastar mais de R$ 80 milhões em um contrato de segurança privada armada com duração de dois anos. Os recursos serão destinados à contratação de 230 profissionais da empresa Esparta, que atuarão na proteção das residências dos ministros e em suas viagens, tanto no Brasil quanto no exterior.
Segurança Ampliada para Ministros
Os seguranças contratados ficarão alocados no Distrito Federal, Paraná, Rio de Janeiro e São Paulo, estados onde os ministros têm residências. Além disso, o contrato prevê que os profissionais acompanhem os magistrados em viagens internacionais. Um exemplo recente foi a viagem de Dias Toffoli a Londres e Madri, em maio de 2024, na qual foram gastos cerca de R$ 100 mil apenas com diárias de um segurança.
Armas, Munições e Função de Motoristas
A lista de equipamentos solicitados pelo STF inclui pistolas calibre .380, munições, coletes à prova de bala e sprays de pimenta. Cerca de 60 dos seguranças terão a função adicional de conduzir os veículos dos ministros, reforçando o esquema de proteção.
Em nota, o tribunal destacou: “Esta Secretaria de Segurança tem adotado todas as medidas a fim de garantir a segurança de suas excelências, os senhores ministros. Dessa forma, por vezes, alguns eventos implicam em maior risco, o que gera a necessidade de alocação de maior efetivo nos serviços de proteção.”
Justificativas e Contexto
O tribunal não mencionou diretamente episódios como o 8 de janeiro ou o caso do homem que cometeu suicídio em frente à sede do STF, mas o investimento elevado em segurança pode ser entendido como reflexo da crescente tensão em torno da Corte e seus membros.
Embora a proteção de autoridades seja essencial, o alto valor destinado à segurança de ministros pode gerar questionamentos, especialmente diante de um cenário em que outras áreas enfrentam cortes de recursos e restrições orçamentárias.
