RONDÔNIA PERDE MAIS UM RICO PERSONAGEM: JORGE PEIXOTO SAI DE CENA DEPOIS DE FAZER GRANDE SUCESSO
Não é fácil resumir a grandeza de um personagem do tamanho do professor Jorge Peixoto, um dos Dinossauros do Rádio e da TV e que se transformou, em poucos anos, no mais adorado, amado, xingado, contestado de todos. Ou seja, se transformou no melhor de todos. Aquele que cativava o público, mesmo com quem não concordava com ele. Peixoto era uma espécie de gênio. Professor, era aplaudido por seus alunos no encerramento das aulas, certamente fato raríssimo, senão impossível nos dias de hoje. Tinha vários diplomas, falava pelo menos cinco idiomas, quatro deles com toda a fluência. Uma das paredes, na sua casa, estava lotada de diplomas, elogios, homenagens. Embora tratasse o assunto com o maior respeito e discrição, era também um dos maiores líderes da Maçonaria em nosso Estado.
Jorge Peixoto teve uma vida de trabalho duro e conquistas, sempre se destacando por onde passou. Certo dia, ao participar de um evento numa Faculdade da Capital, o jornalista, empresário e Dinossauro Everton Leoni assistiu à uma cena incomum. Num auditório lotado de estudantes, quando o nome de Peixoto foi citado e ele apareceu, parecia que o prédio vinha abaixo, tal a ovação que recebeu. Tempos depois, o destino o levou ao Grupo SIC e ao programa de maior audiência da mídia rondoniense, o Papo de Redação. Ele entrava para o seleto grupo de Dinossauros para fazer história.
O público, quanto mais o conhecia, mais se apegava ao personagem. Mas os Dinos conviveram com o cidadão, com o pai de família, com um ser iluminado, bondoso, gentil, amável. Daquelas pessoas raras, que passam na vida da gente e deixam uma marca, como se fosse uma tatuagem, do lado de dentro do coração. Jorge Peixoto fará falta ao público, à sua família, aos seus parceiros de rádio e TV. Todos nós (Everton Leoni, Beni Andrade, Hiran Gallo, Juacy Loura Júnior, Erik Araújo e Sérgio Pires) vamos continuar vivendo, trabalhando e fazendo o melhor que pudermos. Mas, certamente, mesmo que nos esforcemos ao máximo, jamais conseguiremos preencher o vácuo que Jorge Peixoto deixa. Ele saiu da vida, mas fica na história das comunicações do nosso jovem Estado. Uma perda inacreditável. Uma tristeza imensa!