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Facções criminosas se apropriam de gestos comuns; saiba mais

Sinais com o dedo e até marcas nas sobrancelhas podem ser perigosos

Gestos simples e símbolos cotidianos estão colocando vidas em risco no Brasil. Três adolescentes perderam a vida por serem confundidos com membros de facções criminosas por posarem para foto fazendo gestos de forma inocente, sem saber o que estava por trás deles.

O caso mais recente aconteceu em 18 de dezembro, quando Henrique Marques de Jesus, de 16 anos, foi morto em Jericoacoara (CE) após tirar fotos destacando três dedos, um símbolo associado a uma facção local. De acordo com a Polícia Civil, os criminosos interpretaram as imagens no celular de Henrique como ligação com um grupo rival.

– Eles acreditaram que ele tinha algum tipo de vínculo ou era simpatizante de um grupo criminoso rival – explicou o delegado geral Márcio Gutiérrez.

Símbolos como o “V de vitória” e riscos na sobrancelha também já foram apropriados por facções. O pesquisador Luiz Fábio Paiva, da Universidade Federal do Ceará, alerta que muitas pessoas desconhecem essas associações. – O que a gente tem observado aqui no Ceará é que esses símbolos têm sido usados para afirmação. A facção tem uma determinada simbologia, então ela usa determinados símbolos para afirmação desse lugar, dessa pertença ao grupo – disse o pesquisador em entrevista ao G1.

Além desses, outros gestos podem ser interpretados como sendo ligação com alguma facção criminosa e devem ser evitados. Fazer o “3” ou o “2” com os dedos pode estar associado aos maiores grupos criminosos do país, sendo o número “3” referência a uma facção cearense aliada ao Primeiro Comando da Capital (PCC) e o “2” está relacionado ao Comando Vermelho.

 Créditos (Imagem de capa): Henrique Marques foi confundido com membro de facção Foto: Reprodução/Arquivo Pessoal

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