Opinião

A DOIS DIAS DAS URNAS, TEM O DEBATE DE UMA ELEIÇÃO QUE NEM MÃE DINAH SE ATREVERIA A ANUNCIAR O RESULTADO

Por Sérgio Pires — Opinião de Primeira

Tudo ou nada! A reta final da campanha, a menos de 40 horas da abertura das urnas, coloca a sexta-feira como uma espécie de Dia D da disputa pelo segundo turno em Porto Velho. Embora partidários dos dois lados estejam comemorando a vitória, a vida real aponta para um vencedor com diferença muito pequena. Cooptar os indecisos (e eles ainda são muitos) e torcer para que a previsão de recorde de abstenções não ocorra e que o porto-velhense em peso vá votar, são quesitos que podem decidir tudo.

Ainda há mais. Nesta sexta à noite, acontecerá o último debate entre Mariana Carvalho e Léo Moraes, na TV Rondônia/Globo. Normalmente, este confronto não teria tempo hábil para repercutir em toda a sua plenitude, como o teve o da SICTV/Record. Contudo, com uma eleição disputada voto a voto pelos dois concorrentes, uma resposta mais criativa; uma frase bem colocada ou, ao contrário, um deslize mais sério, podem ser decisivos.

Quem se sairá melhor no encontro desta sexta, a partir das 21 horas, na poderosa Globo?  Há quem esteja comemorando a vitória com grande margem de vantagem. Pode se concretizar? Pode. Em eleição tudo pode acontecer, como no resultado do futebol. Ocorre que, para que não está apaixonado por um lado ou outro, vendo com frieza o que está acontecendo nas ruas, não há como falar em larga vantagem, seja de quem for.

          A eleição do segundo turno em Porto Velho, coloca frente à frente os únicos dois candidatos que despontaram, desde o começo, como favoritos. Mariana teve chance de vencer no primeiro turno. Quase o fez. Com seus 47 mil votos a mais que Léo, bem mais que a soma de todos os demais concorrentes, faltaram a ela cinco por cento dos votos. O segundo turno é outra eleição. Começa quase do zero.

Léo terá que tirar a enorme diferença de Mariana no primeiro turno; ela terá que perder parte dos votos que conquistou e não avançar e, ainda, grande parte dos eleitores que votaram nos outros cinco concorrentes no turno inicial, irem em peso para o lado do ex-diretor geral do Detran, para colocá-lo na Prefeitura. Se o conseguir, será um feito e tanto. Mariana precisa menos: tem que manter o que conquistou e buscar mais votos entre os eleitores dos ex-concorrentes. Não há como se prever o resultado da eleição. Nem a falecida Mãe Dinah se atreveria a tanto!

 

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