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Ministra da Saúde, Nísia Trindade, sabia dos casos de infecção por HIV após transplantes um mês antes da denúncia

Seis pessoas que estavam na fila de transplante da SES-RJ testaram positivo para HIV após receberem órgãos infectados de dois doadores

A ministra da Saúde, Nísia Trindade, confirmou na quarta-feira, 16, que a pasta sabia dos casos de infecção por HIV em transplantes de órgãos desde 14 de setembro.

“O Ministério da Saúde tomou conhecimento no dia 14 de setembro de um caso lamentável de uma pessoa infectada pelo HIV tinha recebido um órgão e se constatou que o doador, ao se retestar o material, tinha HIV”, disse a ministra em entrevista à Band. Segundo a ministra, não havia motivos para acionar a polícia antes da denúncia.

“Apenas quando se caracteriza suspeição de possível ação criminosa é que a polícia deve ser acionada. A partir do momento em que novos casos foram verificados, e que indícios começam a ser levantados, é que eu procurei a Polícia Federal, que é o papel que cabe a uma instância federal.”

Quando soube das suspeitas, o Ministério da Saúde enviou um ofício à Central Estadual de Transplantes do Rio de Janeiro exigindo medidas após a identificação dos casos.

PF investiga casos de infecção por HIV

A Polícia Federal apura os caso envolvendo a contaminação por HIV de seis pacientes transplantados no Rio de Janeiro.

 

Uma auditoria para investigar o sistema de transplantes no Rio de Janeiro também foi instaurada pelo Ministério da Saúde.

Entenda o caso

Seis pessoas que estavam na fila de transplante da Secretaria de Saúde do Rio de Janeiro (SES-RJ) testaram positivo para HIV após receberem órgãos infectados de dois doadores.

Segundo o governo do estado, o erro ocorreu em dois exames do laboratório PCS Lab Saleme, contratado em dezembro de 2023, em um processo de licitação via pregão eletrônico no valor de 11 milhões de reais para fazer a sorologia de órgãos doados.

O laboratório é de familiares do deputado Dr. Luizinho (PP), ex-secretário de Saúde do Rio.

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