Opinião

MP DO FIM DO MUNDO: GOVERNO RECUA PARA NÃO TER NOVA DERROTA FRAGOROSA, MAS SANHA ARRECADADORA CONTINUA

Por Sérgio Pires — Opinião de Primeira

É isso que dá colocar amadores para controlar a economia de um país grandioso e potencialmente rico como o Brasil! Fernando Haddad não tem um projeto claro, além de criar uma estrutura avassaladora, com uma ganância arrecadadora como raramente se viu nestas terras de Cabral.

Suas tentativas de acabar com avanços importantes como a desoneração da folha de pagamento das empresas e, agora, com a MP do Fim do Mundo, que, se aprovada, iria aumentar os preços em até 100 por cento dos produtos e, sem dúvida alguma, trazer de volta uma inflação perigosa, embora o próprio Haddad negasse isso, sem argumentos sólidos.

Quem salvou uma possibilidade concreta de crise no governo (e nunca porque a decisão beneficia o Brasil) foi o presidente do Senado, que é chamado de covarde em todo o país. De manhã, o presidente Lula havia prometido ao presidente da Confederação Nacional da Indústria, Ricardo Alban. Só que não avisou a decisão ao seu ministro da Economia, que foi o último a saber, Rodrigo Pacheco correu para contornar o problema e, sem esperar que Lula retirasse a MP, cordeirinho governista, devolveu a bucha para o Planalto e ainda evitou mais uma  fragorosa derrota do Planalto, que não seria aprovada no Congresso.

Ainda na noite de terça-feira, membros da bancada federal de Rondônia (como o coordenador Maurício Carvalho; o senador Jaime Bagattoli e o deputado Lúcio Mosquini, entre outros) já comemoravam a retirada do projeto da pauta. Caso aprovado ele modificaria gravemente a atual forma de pagamento se tributos, porque todos os créditos só poderiam ser usados para pagamento do Fins/Confins.

Isso representaria um aumento imediato de preços de praticamente todos os produtos de consumo, a começar pelos combustíveis. Por enquanto, para surpresa geral do país, a maioria dos congressistas está cumprindo seu papel de proteger a população da sanha arrecadadora do governo. Contudo, não há o que se comemorar como definitivo. Daqui a pouco vem por aí mais uma tentativa de tomar até o último centavo do bolso do contribuinte.

 

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