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UM TRISTE ANIVERSÁRIO: SEDE DA PRF, ORÇADA EM 21 MILHÕES DE REAIS, CHEGA A UMA DÉCADA DETERIORADA E EM TOTAL ABANDONO

Por Sérgio Pires — Opinião de Primeira

Um aniversário. Um triste aniversário. Dez anos. Uma década. Um retrato de cimento e concreto do desrespeito com o dinheiro público, repetindo cenários que se assiste Brasil afora, há longos e longos anos. Aqui em Rondônia não é diferente. Há obras se arrastando há décadas e outras, quando concluídas, depois de longos anos, parecem verdadeiros milagres, porque não se acreditava mais que a atual geração iria usufruir delas.

O caso do novo prédio-sede da Polícia Rodoviária Federal, na BR 364, em direção à Unir, é daqueles que envergonham a sociedade e a própria instituição, já que a paralisação, em 2014, foi causada por denúncias e suspeitas de corrupção.  É de lamentar que, até agora, só quem foi condenada foi a população, foi o pagador de impostos, porque parte dos 21 milhões de reais que estavam destinados à obra já haviam sido investidos, boa parte da construção estava andando e mais um pouco ela teria sido entregue.

Quem passa por ali, todos os dias, fica pasmo. Parte da estrutura já está se deteriorando e o elefante branco mostra toda a sua triste faceta,  quando o contribuinte que vê a obra abandonada e começa a pensar o que questionar: quem desviou dinheiro, se é que desviou; por que um processo deste porte é tratado em segredo de Justiça e por que, dez anos depois, ninguém sabe exatamente o que aconteceu e se, um dia, a obra será retomada?  

Infelizmente, embora se apregoe transparência, uma década depois não se sabe as reais causas da paralisação; o que aconteceu em relação a uma obra importante, onde, segundo investigações preliminares, teria havido superfaturamento e ilegalidades, denunciadas inclusive em uma operação da Polícia Federal em 2014.

Os prejuízos apontados à época, para os cofres públicos, superariam 1 milhão e 100 mil reais. Mas é tudo na base do teria, seria, poderia, porque, na verdade, as informações são escondidas da população, que é quem paga a conta e cujo dinheiro dos impostos some, sem que a obra programada seja entregue.

 

 

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Multiplique-se, pais afora, o que está acontecendo com centenas, (senão milhares) de obras paralisadas, várias delas também por desvios e se concluirá que o desrespeito com os brasileiros se mantém em alta. Ou seja, o contribuinte é duplamente punido.

Além de ter seus impostos desviados, ainda não tem o direito de saber quem desviou; o que realmente aconteceu e se houve ou não prisões, punições e valores devolvidos, do que foi tirado dos nossos bolsos para obras que nunca terminam. Uma tristeza!

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