Opinião

MEMBRO DE FACÇÃO QUE QUIS DEIXAR O CRIME E ENTRAR PARA A IGREJA É FUZILADO. NO MUNDO DAS FACÇÕES, SÃO ELAS QUE DECIDEM QUEM VIVE E QUEM MORRE!

Por Sérgio Pires — Opinião de Primeira

Não foi na Chicago dos anos 30, quando Al Capone mandava metralhar seus inimigos,. Nem na Colômbia do megatraficante Pablo Escobar, aquele que mandou derrubar um avião cheio de passageiros para tentar matar um adversário, que, aliás, não estava no voo.

Aconteceu aqui mesmo, perto da gente, há alguns dias atrás, envolvendo membros das famigeradas facções criminosas, que crescem cada vez mais, dominando partes da cidade, principalmente dos conjuntos habitacionais populares. Ali, elas fazem as leis e comandam com mão de ferro, fortemente armadas e eliminando quem atravessa seu caminho.

Os moradores destes locais, apavorados, não têm escolha: ou cumprem os mandamentos dos bandidos ou se mudam do imóvel que conseguiram com tanto sacrifício ou correm o risco de morte. Quando membros de facções trocam tiros, inocentes perecem, como aconteceu recentemente com uma criança que brincava com sua bicicleta e foi assassinada por uma bala perdida, na troca de tiros de grupos opostos.

A história envolve um jovem membro do Comando Vermelho, que depois de perder uma pessoa amiga, decidiu entrar, segundo vídeo que ele mesmo divulgou nas redes sociais “no Exército Celestial de Deus”! Luis Carlos era ainda bastante jovem, mas tinha gravado, meses atrás, outro tipo de vídeo: ele aparecia armado com uma espingarda calibre 12, ameaçando matar um inimigo, que no vídeo ele trata como Ronei. “Vou estourar a tua cabeça!”, ameaçava num vídeo que viralizou nas redes sociais.

Não há mais muitas informações sobre o caso, mas o garoto que decidiu deixar o crime e entrar para o “Exército de Deus!” foi morto com vários tiros, poucos dias depois de anunciar sua renúncia ao mundo do crime e avisar seus ex-parceiros que estava deixando o mundo da violência e da brutalidade, para se dedicar à religião.

 

Num mundo onde as facções dominam os presídios e de dentro deles comandam o crime aqui fora, a situação piora cada vez mais, principalmente agora, quando leis que protegem bandidos dão a elas a certeza de que não serão combatidas até serem extintos e que muitas das suas ações jamais receberão a punição que mereceriam.

Neste momento em que a eleição do atual Presidente foi comemorada com festa nos presídios brasileiros, porque a ideologia que está no poder tende a proteger os direitos humanos dos bandidos e criminalizar quem os combate, a sociedade brasileira, composto por uma imensa maioria de gente decente e trabalhadora, se torna cada vez mais refém nas mãos dos criminosos.

Até os que pensam eventualmente em se regenerar, podem se tornar alvos das facções. O caso de Luis Carlos, fuzilado ou por seus próprios parceiros que não permitiram sua saída ou por alguém de facção rival, a quem ele ameaçava em vídeos, resume bem a situação. Não é Chicago de Al Capone e nem a Colômbia de Pablo Escobar, mas se não se fizer nada agora contra tudo isso, em breve chegaremos lá!

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