A GRANDE JI-PARANÁ NÃO MERECE VIVER NAS MANCHETES SÓ EM OPERAÇÕES POLICIAIS, POR CAUSA DE ALGUNS DOS SEUS LÍDERES
Por Sérgio Pires — Opinião de Primeira
Pode ter sido a pá de cal nos planos do prefeito Isau Fonseca? Certamente. Com mais quatro meses afastado do cargo (inicialmente até final de julho), o tempo para preparar e fazer uma campanha se tornaria exíguo demais. A não ser, é claro, que lá no final ele consiga provar que foi injustiçado.
O afastamento do prefeito do União Brasil e do seu filho, presidente da Câmara Municipal, é apenas mais um evento lamentável na política de Ji-Paraná, uma cidade progressista, que é um orgulho para Rondônia e que não merecia estar nas manchetes por seguidas operações policiais contra seus líderes políticos.
Desde Jesualdo Pires, que teve dois mandatos praticamente só com boas notícias, Ji-Paraná vive sob o domínio do medo, em relação à suspeitas de corrupção, desmandos, desvio de dinheiro público e escândalos sem fim.
Sem Isau, que só voltará ao páreo da disputa municipal se acontecer algum milagre, muda o quadro da sucessão. Voltam ao páreo dois nomes poderosos: o do próprio Jesualdo Pires e do deputado Laerte Gomes, líder do governo na Assembleia Legislativa e muito próximo do governador Marcos Rocha.
Ambos, é claro, não se pronunciaram ainda sobre o que vão decidir, até porque o novo afastamento de Isau (a quem Laerte iria apoiar na reeleição) recém aconteceu. Mas como a política é dinâmica e a próxima eleição é sempre a mais importante de todas, todos os que irão participar dela já começaram a se mexer.