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NETO DO PRESIDENTE FIGUEIREDO SE DIZ EXILADO NOS ESTADOS UNIDOS E DENUNCIA PERSEGUIÇÃO NO BRASIL

Por Sérgio Pires — Opinião de Primeira

João Batista Figueiredo foi o último presidente da República da era militar. Foi no governo dele que houve a abertura política (“quem for contra a abertura, eu prendo e arrebento!”, disse ele, numa frase inesquecível). Foi dele também o alerta de que, quando a esquerda tomasse o poder no Brasil, só sairia com derramamento de sangue, um exagero óbvio, mas é bom lembrar que veio de um militar linha dura. Ele deixou o governo em 1985 e morreu na véspera de Natal em 1999.

O Brasil mudou muito desde a morte de Figueiredo, há um quarto de século. Com a Constituição de 1988, começamos a caminhar em direção a uma plena democracia. E ela deu demonstração, durante longos anos, da sua grandeza e profundidade. Apenas como exemplo, dois Presidentes da República receberam impeachment e o país continuou andamento normalmente em direção a plena democracia.

Nunca, durante todos estes anos, houve interpretações de que dependendo do lado ideológico que professa, o brasileiro pudesse ser tratado como terrorista ou como representante da verdadeira democracia. Não houve prisões, por crimes de opinião. Nenhuma, durante longos anos.

Em 2018, por unanimidade, os ministros do STF decidiram que “é proibida a censura de publicações jornalísticas”, bem como tornou “excepcional”, qualquer tipo de intervenção estatal “na divulgação de notícias e de opiniões”. Unânime, repita-se. Mas o que João Figueiredo tem a ver com o que está acontecendo hoje? 

O economista e blogueiro Paulo Renato de Oliveira Figueiredo Filho, ex-comentarista na Jovem Pan, é neto do ex-Presidente. Foi denunciado por ter participado de um pretenso golpe de Estado. Perdeu seu passaporte brasileiro. Teve todas as suas contas bloqueadas. Não estivesse morando em outro país, com passaporte americano, estaria preso.

 

 

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De acordo com a Polícia Federal, Figueiredo teria atuado em suposta operação de “propagação de desinformação golpista e antidemocrática” (?). O jornalista tem participado de vários programas na TV e contado sua história na mídia americana e seu caso tem causado grande repercussão nos Estados Unidos. Não é só o neto do ex-Presidente que está nessa situação. Outros jornalistas e blogueiros, todos conservadores, de direita ou extrema direita, tiveram que deixar o país, para não serem presos.

Alguns estão alijados das redes sociais e sem direito a renda, por contas bloqueadas por decisão do STF. Entre eles estão Alan dos Santos, considerado foragido e com pedido de extradição enviada ao governo dos Estados Unidos; Rodrigo Constantino e Monark, os mais conhecidos. A interpretação da Constituição, pelo STF, em 2018, agora é bem outra. Mas não atingiu, até o momento, qualquer jornalista que não tenha sido critico ao próprio STF e ao atual governo.

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