Opinião

NAS LEIS TERRORISTAS DAS FACÇÕES, NÃO HÁ FEMINISMO OU DIREITOS HUMANOS. ELES APENAS MATAM, SEM LIGAR PARA A VIDA DE NINGUÉM

Por Sérgio Pires — Opinião de Primeira

Algumas das vítimas são apenas pessoas cuja única culpa é viver em comunidades pobres, dominadas pela violência, pelo tráfico e pelas facções criminosas. Outras o são por terem envolvimento direto com a bandidagem e com o crime. Nos últimos anos, no país inteiro, vários assassinatos de jovens mulheres foram cometidos em nome de um pretenso desrespeito às facções.

Aqui nesta Rondônia progressista, mas onde, também uma parcela da população vive sob o domínio do medo, não é diferente. Nos últimos tempos, vários casos foram registrados. Uma das mais jovens assassinadas com maior teor de crueldade, morava no Orgulho do Madeira e ousou usar uma camiseta de uma facção inimiga. Tinha apenas 15 anos.

Pouco mais que uma criança. Foi trucidada por um grupo de bandidos e bandidas, teve o cabelo cortado a faca e depois foi morta. Aconteceu num dezembro, há mais de três anos. No mesmo conjunto, oura jovem havia sido vítima da brutalidade, algum tempo antes. Neste último final de semana, outro evento dessa magnitude de maldade ocorreu em Ariquemes.

Uma mulher jovem, envolvida com os grupos de traficantes (era conhecida como “Loirinha do Tráfico”!) foi a nova vítima. Depois de gravar um vídeo no final do ano passado, anunciando que iria trocar a facção Comando Vermelho para voltar ao PCC, seu antigo grupo, ela foi morta no meio da rua, com mais de dez tiros. Uma dupla de motoqueiros a perseguiu e a executou. Os bandidos fugiram e o corpo da mulher, de cerca de 25 anos, ficou estirado no chão. Há casos de jovens que tiveram um pouco de sorte. Foram perseguidas, agredidas, ameaçadas, mas acabaram saindo vivas, embora fiquem com as sequelas do terror pelo resto da vida.

A covardia e a crueldade são parceiros dos membros das facções. Os que as dirigem, geralmente de dentro das cadeias, dão ordens diretas para as execuções. Os que não cumprem a tenebrosa missão, entram para a relação dos que serão executados e o são, mais cedo ou mais tarde.  A covardia contra mulheres é imensa, porque ali não tem feminismo, não tem direitos humanos, não tem lei. Muitas delas são vítimas inocentes, mas tantas outras se envolvem com os bandidos, com o tráfico, com o crime.

 

As primeiras morrem sem a compreensão do terror que as cerca. As outras sabem bem do perigo e que suas vidas serão curtas. Já os executores e os mandantes, esses estão se lixando para a vida humana, seja de homens ou mulheres. Eles são a lei!

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