Com pouca, ou muita gente na manifestação convocada por Bolsonaro, a repressão continuará — Tá tudo dominado
Com pouca, ou muita gente na Paulista, a repressão continuará
O brasileiro não compreendeu o que está em jogo é a sua liberdade, como nunca a teve não percebe que perdeu. O establishment decidiu, faz alguns anos, eliminar qualquer voz dissonante a no Brasil, principal a dita direita, liderada pelo ex-presidente Bolsonaro.
Como disse o Lula, é preciso apenas encontrar a “narrativa certa”.
Tudo foi orquestrado e está sendo feito através de um processo de perseguição policial promovida pela topo do judiciário, desrespeitando o devido processo legal, chegando ao ponto do ministro-vítima ser também o investigador e o julgador, relatando um inquérito que foi chamado pela procuradora-geral à época da sua abertura de “tribunal de exceção”.
Foram inúmeras “narrativas” tentadas, chegando agora à acusação de “golpe de estado”, na esteira de uma eleição em que o próprio presidente do Supremo se gabou de ter ajudado a “derrotar o bolsonarismo”.
Não é só uma questão cara à esquerda. O Centrão, parceiro do saque ao país promovido pelo Partido dos Trabalhadores, desvendado pela Lava Jato, escapou das garras da Justiça, assim como os companheiros. Eles estão livres para promover as falcatruas de sempre, sendo que o principal objetivo agora é ajudar a enterrar quem ousou moralizar o país, para que uma revolta popular nunca mais aconteça.
O processo está quase completo. Milhares de pessoas já foram presas, um número maior ainda foi censurado, restando apenas prender o líder do movimento e seus assessores mais próximos, para deixar clara a mensagem: quem se levantar contra o establishment será destroçado. O medo é um dos pilares de qualquer regime autoritário.
Em paralelo, será feito um novo esforço para aprovar a lei da censura, codificando assim os processos repressivos que estão sendo aplicados desde 2019. Dessa forma, não será necessário passar pelo desgaste de produzir uma decisão judicial para cada opositor censurado. Tudo acontecerá em nível administrativo, exatamente da mesma forma que ocorre em países como a China.
A chamada do ex-presidente Bolsonaro para uma manifestação na Paulista no dia 25 é too little, too late, como dizem os americanos. Da última vez que ele fez a chamada, o povo apareceu em peso, para na sequência ser surpreendido com a vexaminosa cartinha do Temer.
Se aparecer muita gente, o sistema pode apertar a repressão para “proteger a democracia”. Se aparecer menos gente que o esperado, a perseguição deve continuar para aproveitar a desmobilização. Se correr, o bicho pega, se ficar…
Espero estar enganado, faço votos que a manifestação marque um novo ciclo de engajamento popular contra as arbitrariedades, e pela recuperação dos nossos direitos fundamentais. Mas é preciso ter cuidado e inteligência para não dar ao sistema mais uma justificativa de repressão.
Muita gente boa está sendo perseguida, alguns por fazer críticas e por ter protestado de forma legítima, outros por ter alimentado expectativas irreais e escolhido caminhos equivocados de resistência ao desmonte do país. Isso não pode acontecer novamente.