Política

No primeiro ano de Lula, contas públicas têm o pior rombo desde 2020: R$ 230,5 bilhões

O déficit de 2023, equivalente a 2,1% do Produto Interno Bruto (PIB), ultrapassou substancialmente a promessa do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que estimava um rombo de até 1% do PIB

No ano inaugural do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), as contas públicas enfrentaram um déficit primário expressivo, totalizando R$ 230,54 bilhões em termos nominais no ano de 2023. Esse resultado representou o segundo pior desempenho na série histórica, que teve início em 1997, ficando atrás apenas do ano de 2020, marcado pelo impacto inicial da pandemia de covid-19.

Ao considerar a correção pela inflação, o déficit real atingiu a marca de R$ 230,9 bilhões em 2023. Este cenário contrasta com o superávit de R$ 51,6 bilhões registrado no ano de 2022. No intervalo de um ano, de 2022 a 2023, as contas públicas do governo federal deterioraram-se em R$ 282,5 bilhões em valores correntes. O déficit de 2023, equivalente a 2,1% do Produto Interno Bruto (PIB), ultrapassou substancialmente a promessa do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que estimava um rombo de até 1% do PIB.

Conforme apontado no relatório do Tesouro Nacional, a receita total do governo atingiu R$ 1,931 trilhão, refletindo uma queda de 2,2% em termos reais em comparação a 2022. O governo alegou redução de R$ 17,7 bilhões na Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) e de R$ 7,7 bilhões no Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI).

Em 2023, os gastos totais do governo Lula alcançaram R$ 2,162 trilhões, apresentando um aumento real de 12,5% em relação ao ano anterior. Os benefícios previdenciários corresponderam a 42% desse montante, totalizando R$ 913 bilhões, com um crescimento real de 7,9% em relação ao mesmo período do ano passado.

No que tange aos gastos com pessoal e encargos sociais, englobando salários e outras despesas do funcionalismo público, esses representaram 17,1% do total das despesas do Poder Executivo, atingindo R$ 369,4 bilhões em 2023, com um aumento de 2,8% em relação a 2022.

 

*BSM

Artigos relacionados

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Botão Voltar ao topo