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Alzheimer: novo estudo aponta sinal precoce inédito da doença; saiba qual

Doença começa a se desenvolver 20 anos antes do aparecimento dos sintomas

Esta semana, os cientistas do Instituto Karolinska, na Suécia, publicaram um estudo mostrando um sinal precoce do Alzheimer anteriormente desconhecido.

Publicado na revista científica Molecular Psychiatry, o estudo mostrou que o aumento metabólico nas mitocôndrias de uma parte do cérebro, chamado hipocampo, também é um sinal precoce de Alzheimer.

Os cientistas estão esperançosos com a descoberta. Para eles, a informação não só vai acelerar os diagnósticos, como também abrir portas para novos métodos de tratamento precoce contra a doença.

Cientistas dizem que Alzheimer começa a se desenvolver 20 anos antes dos sintomas aparecerem

“Essa doença começa a se desenvolver 20 anos antes do início dos sintomas”, disse em um comunicado Per Nilsson, professor associado do Departamento de Neurobiologia, Ciências do Cuidado e Sociedade do Instituto Karolinska. “Por isso é importante detectá-la precocemente.”

Ele disse que a descoberta também é importante para os medicamentos retardadores da doença que estão começando a chegar. São medicamentos como Lecanemabe, que foi aprovado neste ano. Ele é um anticorpo que elimina as placas de proteína beta-amiloide, que se acumulam no cérebro de pessoas com Alzheimer, segundo o jornal O Globo.

 

O remédio está sendo vendido com o nome comercial de Leqembi nos Estados Unidos, pelas farmacêuticas Eisai, do Japão, e a Biogen, norte-americana.

Os cientistas suecos usaram camundongos com um tipo de Alzheimer semelhante ao de seres humanos para estudar o desenvolvimento da doença antes da formação das placas amiloides.

“Curiosamente, as mudanças no metabolismo podem ser vistas antes que qualquer uma das placas insolúveis características do Alzheimer se acumule no cérebro”, disse Maria Ankarcrona, professora do Karolinska. “O diferente equilíbrio energético corresponde ao que vimos nas imagens do cérebro com Alzheimer (já diagnosticado), mas agora detectamos estas alterações numa fase anterior da doença.”

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