Petrobras tem queda de 42,2% no lucro do terceiro trimestre
O resultado veio abaixo da expectativa do mercado, e mostra uma piora nos custos operacionais e no endividamento da estatal petrolífer
A Petrobras divulgou nesta quinta-feira, 10, os resultados do terceiro trimestre de 2023, registrando uma queda de 42,2% no lucro líquido em comparação com o mesmo período de 2022.
O resultado da estatal petrolífera foi de R$ 26,63 bilhões entre julho e setembro, contra os R$ 46 bilhões registrados pela Petrobras no mesmo período do ano passado.
Em relação ao segundo trimestre do ano, a empresa também registrou uma queda de 7,5% do lucro, com R$ 28,8 bilhões reportados no período entre abril e junho.
O resultado veio abaixo da expectativa do mercado, que previa um lucro líquido de R$ 30,48 bilhões.
Em seu balanço, a Petrobras não explicou as razões dessa queda de 42,2% no lucro, mas salientou que o trimestre foi afetado pelo resultado financeiro “impactado pela desvalorização do real frente ao dólar, e maiores despesas operacionais, com destaque para maiores custos exploratórios e menor ganho com venda de ativos”, informou a petroleira no documento ao mercado.
As despesas operacionais aumentaram 41,6% no ano e 12,5% no trimestre, chegando em R$ 17,5 bilhões. Segundo a estatal, esse aumento foi provocado por despesas com vendas, por conta das maiores explorações de petróleo e maiores despesas exploratórias. As informações são de revista Oeste.
Receita da Petrobras também caiu e dívida subiu
Além do lucro, a receita da Petrobras também caiu no terceiro trimestre do ano, chegando a R$ 124,8 bilhões, recuo de 26,6%. No mesmo período de 2022, as vendas da companhia chegaram em R$ 170 bilhões.
O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) ajustado, indicador da rentabilidade operacional da empresa, foi de R$ 66,19 bilhões, uma queda de 27,6% em relação ao resultado do segundo trimestre de 2022, que tinha sido de R$ 91,4 bilhões.
Por sua vez, a dívida da Petrobras subiu no trimestre, chegando em US$ 61 bilhões, uma alta de 5,2% em comparação com o mesmo período do ano passado. Segundo a empresa, a alta da dívida foi provocada pelo aumento dos arrendamentos no período.