Governo precisará de R$ 168 bilhões a mais para zerar o déficit em 2024 — “o futuro a Deus pertence”, diz Tebet
O governo federal precisará de R$ 168 bilhões a mais para cumprir a meta de zerar o déficit nas contas públicas em 2024, ou seja, não gastar mais do que arrecada.
A cifra foi revelada pela ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, na tarde da última quarta-feira (30), em audiência no Congresso.
“O Ministério da Fazenda me mandou toda a grade de medidas de receitas já contratadas ou aquelas que estamos em tramitação no Congresso Nacional. Nós fizemos o encontro de contas e vimos que precisamos de R$ 168 bilhões de receita para zerar o déficit”, comentou.
O governo federal projeta R$ 129 bilhões a mais em despesas públicas em 2024. O projeto de Orçamento prevê o limite total de gastos de R$ 2,093 trilhões.
Por lei, a proposta orçamentária será enviada pelo Executivo ao Congresso até 31 de agosto, ou seja, até a última quinta-feira.
Antes, no Palácio do Planalto, Tebet demonstrou certa insegurança se ela será cumprida: “O futuro a Deus pertence”.
Mais gastos em 2024
O governo federal projeta R$ 129 bilhões a mais em despesas públicas em 2024. O projeto de Orçamento prevê o limite total de gastos de R$ 2,093 trilhões.
As despesas crescerão R$ 62 bilhões devido a inflação entre julho de 2022 e junho de 2023. Outros R$ 34 bilhões são de alta real. Os R$ 32 bilhões de despesas consideram a inflação de julho a dezembro deste ano.
Segundo a ministra, terão aumento de custos os benefícios previdenciários (R$ 51 bilhões), o Benefício de Prestação Continuada, conhecido como BPC (R$ 16 bilhões), as despesas obrigatórias com saúde (R$ 23 bilhões), os gastos com pessoal (R$ 14 bilhões), as emendas parlamentares (R$ 9 bilhões) e as despesas discricionárias (R$ 9 bilhões).
O orçamento deixa livre R$ 55 bilhões para todas as outras despesas discricionárias, aquelas do dia a dia da máquina pública.
FONTE/CRÉDITOS (IMAGEM DE CAPA): Os ministros da Fazenda, Fernando Haddad e do Planejamento, Simone Tebet. (Foto: José Cruz/ Agência Brasil)