Utilidade Pública

DENÚNCIA: Servidores do estado de Rondônia denunciam que pontos eletrônicos instalados nas unidades não funcionam e “alguns funcionários ficam sem receber salários” — CONFIRA

Palácio Rio Madeira, em Porto Velho, Rondônia. Foto: Admilson Knightz

Por jornalismo Omadeira

Em documento protocolado no Ministério Público de Rondônia, servidores expõem diversos erros e inconsistências apresentados a partir da implantação

Servidores do estado de Rondônia denunciam problemas corriqueiros envolvendo o ponto eletrônico que registra entradas e saídas dos funcionários em suas jornadas de trabalho. Esse problema foi exposto em outras matérias feitas pela equipe de jornalismo de OMADEIRA, porém, infelizmente, não foi corrigido e persiste desde sua implantação.

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Em documento protocolado no Ministério Público de Rondônia, servidores expõem diversos erros e inconsistências apresentados a partir da implantação.

 

 

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VEJA O QUE CONSTA NO DOCUMENTO:

1º O SERVIDOR NÃO CONSEGUE ACOMPANHAR EM TEMPO REAL SE O SEU
PONTO FOI COMPUTADO DE FORMA CORRETA OU NÃO;


“Pois no SAURON – Portal do Servidor onde seria o local onde deveríamos ter acesso a esta
informação – não acontece, pois primeiro nem todos os servidores têm acesso a um computador ou um celular com internet ou até mesmo a expertise para tal conferência como, por exemplo servidores idosos que não têm intimidade com a tecnologia”.

E continua: “desta forma ficamos a mercê dos chefes imediato que por sua vez também se encontram em uma situação difícil, uma vez que para ele validar a presença desse servidor ele deve entrar no sistema chamado GUARDIÃO onde poderá ver se o servidor realmente bateu o ponto e em qual horário, e sincronizar com outro sistema chamado SIF (Sistema Integrado de Frequência), realizar uma sincronização que poderá ser feita várias vezes e ainda assim não sincroniza chegando a passar vários dias até ultrapassa de um mês para o outro e a essa tal sincronização não acontece”.

Desta forma os coordenadores homologam as frequências mesmo que com informações divergentes daquelas que o funcionário alega pois não existe provas físicas para o servidor confrontar o sistema extremamente falho.

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Quando os servidores procuram o RH da unidade para relatar o problema eles “nos orientam a realizar um chamado no sistema GLPI da SETIC o qual quando realizamos temos que relatar o ocorrido e anexar uma imagem feita com o celular e depois disso realizar um processo dentro do SEI informando o número do chamado que foi aberto no GLPI e escrever uma justificativa dizendo o porquê seu ponto está ausente, sendo que ninguém sabe informar o motivo de não ter registrado a presença no trabalho pois o sistema não computou e fica como se o servidor não tivesse comparecido. dessa forma as folhas de ponto tem voltado com
muitos problemas”.

Além desse problema de comprovar que esteve no trabalho, o documento relata que “os salários e horas extras estão deixando de serem pagos alegando que os processos estão incorretos. Assim, o servidor esta sendo prejudicado. Como podem ver os tramites estão muito longos para justificativa e homologação dos pontos estão muito complicado e difíceis pois a impressão que dá é que estão tentando dificultar a vida do servidores para que eles desistam dos seus direitos e tenham perdas em seus vencimentos. Vale lembrar que, para cada dia trabalhado que não foi computado temos que abrir um chamado e montar um processo dentro do SEI. Isso fica inviável”.


2º FALTA DE COMPROVANTE IMPRESSO;


Quando o trabalhador chega ao plantão e registra sua entrada no sistema biométrico, o mesmo não imprime nenhum comprovante para que eles possam ter uma prova física que realizaram tal ação, pois o relógio, apenas, apresenta o nome e número do PIS na tela do aparelho como prova que ‘bateram’ o ponto, ou seja, não dá nem para fazer imagem com telefone e servir como prova, pois não tem data e não tem hora junto do nome do servidor.

“Mesmo que realizássemos fotos todas as vezes que registramos o ponto não teríamos como provar que seria exatamente do dia e hora reclamado, e também não é justo ficarmos com a obrigação de realizar fotos ou vídeos todas as vezes que formos bater o ponto, pois este Sistema de registro é muito falho, e tem muitos casos de pessoas que registraram a presença e o mesmo não registrou nada e fica o servidor tendo que provar que veio trabalhar e pior ficar a mercê do julgamento e desconfiança dos chefes que ficam sem saber se o servidor está realmente falando a verdade ou não”, esclarece servidor.


3º ACESSO AO GUARDIÃO;
Existe um sistema chama do guardião da frequência de cada servidor, este sistema é o que mais chega perto de estar correto, mesmo assim apresenta falhas, ele fica disponível apenas para os chefes imediato, uma vez que precisam conferir as presenças de cada servidor uma a uma e depois sincronizar.

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O servidor esclarece que: “não nos recusamos que o registro eletrônico aconteça, muito pelo contrário, somos extremamente a favor, porém que seja de forma justa para todos, e que possamos confiar no sistema sem prejuízos. O correto seria que o sistema imprimisse começar os comprovantes do ponto eletrônico a cada registro tanto na entrada como na saída”, ressalta.

De acordo com informações do próprio documento protocolado no Ministério Público do estado, a categoria de trabalhadores médicos tem privilégio que as outras não profissões não têm, ferindo assim, o princípio da impessoalidade.

Diz o documento: “de forma intransigente e abusiva mostrando para todos que os direitos não são iguais e que existem sim, as classes favorecidas de forma descarada e com o amparo do Secretário de Saúde, conforme publicado no Ofício nº 28647/2023/SESAU-SADJ em 25 de Julho de 2023 que trata da autorização exclusivamente aos profissionais médicos a realizarem 36h de plantão ininterruptas,
sendo as demais categorias a serem obrigadas a realizarem no máximo 24h com intervalo mínimo
de 12h para o próximo plantão”.

E continua: “agora eu me pergunto porque só os médicos podem realizar 36h direto sem interrupção? Das duas uma ou são realmente favorecidos e privilegiados ou não
executam suas jornadas de trabalho de forma correta, pois se para os demais é humanamente
impossível realizar 36h seguidas. Ou os médicos não trabalham ou são Deuses acima das fraquezas humanas?. Solicito que o ministério público nos auxiliem pois não vejo mais a quem recorrer com tanta injustiça que vem acontecendo” finaliza.

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