Em cinco dias de operação no Guarujá, 14 foram mortos após assassinato de militar da Rota
Derrite, secretário da pasta, afirmou que a operação terá duração de no mínimo 30 dias
A Secretaria de Segurança Pública do estado de São Paulo (SSP-SP) informou que o último envolvido na morte do policial das Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota) foi preso na madrugada desta quarta-feira (2), em Santos. Ele é irmão do homem apontado pela pasta como autor do disparo que matou o policial, preso no domingo (30).
De acordo com a SSP, o criminoso se entregou para os agentes da equipe PM Vítima da Corregedoria da Polícia Militar (PM). Como havia um mandado de prisão em aberto, ele foi preso após prestar depoimento.
Além dos irmãos, a polícia prendeu um suspeito na sexta-feira (28) por participação no crime. No mesmo dia, outro criminoso que também teria participado do assassinato do policial foi morto em confronto com a PM.
Mesmo após essa prisão, a SSP informou que a Operação Escudo segue “para sufocar o tráfico de drogas e desarticular o crime organizado”. Na segunda-feira (31), o secretário da pasta, Derrite, afirmou que a operação terá duração de no mínimo 30 dias.
Entenda
O soldado da Rota Patrick Bastos Reis foi baleado em Guarujá, litoral paulista, no último dia 27. Segundo a SSP, ele foi atingido quando fazia patrulhamento em uma comunidade. A secretaria informou que ele foi atingido por um disparo de calibre 9 milímetros (mm).
Após o assassinato do policial, o estado deu início à Operação Escudo, que até o momento morreram 14 pessoas na Baixada Santista – todos com passagem, conforme informou o governador Tarcísio Freitas em coletiva de imprensa realizada ontem (1°). Ele avaliou, desde a divulgação dos primeiros óbitos, que não houve excesso da força policial na operação.
O partido dos trabalhadores e outros diversos órgãos de Direitos Humanos e movimentos sociais estão acompanhando as operações e lamentaram as mortes dos criminosos. “Estão ocorrendo excessos”, disse.
Um dos criminosos mortos na operação gravou vídeo zombando da Rota após a morte do militar.