Utilidade Pública

Acidentes de trânsito estão entre os principais causadores de traumas na coluna — ENTENDA

Jornalismo Omadeira

Rondônia — Na manhã desta terça-feira (4) mais um acidente de trânsito foi registrado pela Polícia Militar-190 envolvendo uma motoneta-biz na avenida Calama em frente ao Parque municipal, próximo ao Porto Velho Shopping, na capital.

Segundo informações preliminares levantadas pela equipe de jornalismo de OMADEIRA, a condutora do veículo Fiat-Uno fizera um retorno e acabou colidindo contra outra motorista da moto que transitava na preferencial (CALAMA) sentido bairro.

Devido o forte impacto, a condutora da Biz ficou com várias escoriações e suspeita de fratura na coluna vertebral, pois ela gritava bastante e relatava fortes dores na região lombar. Uma equipe de socorro do Samu-192 esteve no local, realizou o atendimento pré-hopitalar e encaminhou a vítima à Policlínica Ana Adelaide para avaliação mais específica.

Como ocorrem os traumas na coluna das vítimas?

A coluna é formada por pequenos blocos de ossos por onde passa o cordão medular.  Essa região é cercada por diversos nervos que transmitem mensagens do cérebro para os membros do corpo. Além desses comandos para os braços e pernas, outros também fazem parte canal de nervos como para o abdômen e alguns órgãos vitais e sistema respiratório. Um impacto nessa área do corpo pode trazer sérias complicações e em alguns casos até a morte.

 

 

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Qual é a estrutura da coluna vertebral?

Ela é formada por 33 vértebras. São sete cervicais(C1, C2, C3, C4, C5 C6, C7), doze torácicas T1 a T12, cinco lombares(L1, L2, L3, L4, L5), mais cinco sacrais e quatro coccígeas. Toda essa estrutura é mantida por ligamentos e pelo disco cartilaginoso que faz o papel de amortecedor de impactos. E ainda, no interior das vértebras passa o canal que passa a medula nervosa que leva sinais até o cérebro.

Quais são as áreas mais delicadas da coluna?

As consequências dos traumas na coluna estão relacionadas a região que é afetada. Se a lesão ocorrer abaixo da sexta vértebra cervical, a vítima não tem os movimentos dos braços interrompidos. Porque nesse caso área que manda mensagem para o cérebro não é atingida. Contudo, esse paciente já não conseguirá movimentar as pernas.

Já os acidentes que chegam a atingir acima da 6 vértebra deixa o indivíduo paraplégico. Ou quando fere a vítima acima da C4 interrompe a respiração e esse sistema é impactado no mesmo momento. Nesse tipo de ocorrência a vítima vai a óbito.

Casos dessa gravidade normalmente ocorrem quando os veículos estão em alta velocidade e os integrantes não estão usando o cinto de segurança adequadamente ou até mesmo quando não usam. Nos motoristas de veículos leves que usam o cinto de segurança de dois pontos a área mais exposta a lesões é a torácica, pois o cinto só consegue manter seguro a região da barriga e não impede que não seja jogado para frente nos acidentes e nem quando há freadas bruscas.

No caso dos motociclistas, as lesões são mais frequentes no plexo braquial. É o local onde fica um conjunto de nervos que sem da coluna cervical e dão força e sensibilidade aos braços.

Como são os tratamentos dos pacientes?

Quando no acidente ocorre o deslocamento da vértebra da vítima fazendo com que a medula seja atingida, o paciente precisa passar por um processo cirúrgico rapidamente para que essa pressão seja retirada e a estrutura óssea volte ao alinhamento natural. Isso nos casos mais simples.

Em eventos em que há um deslocamento parcial da medula, o paciente ainda consegue ter alguns movimentos e funcionalidades preservadas. Como, por exemplo, em suas funções sexuais, sensibilidade e controle da urina.

Já quando ocorre a ruptura estrutural da medula, não há procedimentos que possam corrigir os efeitos desse tipo de lesão e a vítima sofre com graves sequelas. Devido ao trauma ocasionado pelos acidentes, alguns pacientes chegam a perder o desejo e atividade sexual. O que pode ter melhoras através de tratamentos específicos.

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