DENÚNCIA: Profissionais do Hospital Regional de Extrema denunciam falta de segurança e risco de vida — “Queremos respostas”
Rondônia — Em denúncia feita por profissionais de saúde do Hospital Regional de Extrema (HRE), distrito de Porto Velho, localizado cerca de 330 quilômetros da capital rondoniense, servidores relatam risco de vida e pedem mais segurança.
Em documentos enviados a direção do hospital, os trabalhadores relatam insegurança. Em 22 de Abril de 2023, um médico lotado na Unidade de Saúde informa que atendeu um paciente se referindo dor no tórax e, posterior, afirmando que tinha sido atropelado há 3 dias. “Passei a atender o mesmo, onde não apresentava alterações em seus sinais vitais, bem como ao exame físico. Ademais de curativo cobrindo pequena ferida em dorso e sintoma de dor local, fato este subjetivo”, relata o médico.
Ainda segundo o documento: “passado alguns minutos, escuto gritos, barulhos vindo do corredor da emergência do hospital, quando fui ver o que acontecia, me informaram pela técnica que o paciente tinha saído do hospital e tinha regressado com pedaço de madeira procurando por mim e pela técnica de enfermagem, onde foi imobilizado pelos seguranças do hospital”, conta.
Diante da situação, a diretora do HRE para que acionasse a Polícia Militar a ir até o local. “Também passei a ligar para o número 190, sem sucesso”. Ainda tudo ocorrendo, vi a segurança com a arma em punho, perguntei se tinha ligado para a Polícia, a mesma afirmou que tinha falado com um dos policias em um numero de WATSSAP, que ficaram de comparecer ao hospital. Também afirmou que pediu para um dos pacientes que estava pela recepção do hospital, se deslocasse até a delegacia para chamar por ajuda”, segundo consta no documento.
A Polícia Militar, de acordo com relatos, chegou ao hospital uma hora após o primeiro contato. Na viatura havia 2 militares, levaram o agressor sob custódia que se encontrava imobilizado.
Há meses desse fato, havia ocorrido outra situação, quando o hospital foi invadido por 2 pessoas, que passaram a lutar com os seguranças, chegando a ser disparado um tiro para o alto por um dos profissionais, inclusive, um dos seguranças foi agredido com “murro no rosto”.
No início deste mês de maio, mais especificamente dia (03/5), uma médica pediatra pediu exoneração por insegurança em desenvolver seu trabalho naquela região. Diante do fatos gravíssimos, os profissionais querem respostas para perguntas que ainda não tem: Quem foi informado de tais fatos? SESAU? CRM? COREM?SECRETARIA DE SEGURANÇA? Que providencias foram tomadas? Uma ocorrência com necessidade de auxilio policial, a Polícia se fazer presente 1 hora após? Estão com poucos recursos humanos? Estavam em outra ocorrência?
Infelizmente são perguntas que estão sem respostas por parte da direção do hospital e das autoridades envolvidas, cujo objetivo da denúncia é dar mais segurança aos profissionais que atuam na unidade para realizar o devido trabalho e apoio à população.
“No momento não nos sentimos seguros em trabalhar no Hospital Regional de Extrema”, finaliza.