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Conheça os 6 homens presos acusados de planejar o assassinato do senador Sergio Moro e toda sua família

Promotor do Gaeco do MP-SP lista motivos que contribuíram para presença histórica de facção em Campinas e cidades do entorno. Operação Sequaz, da PF, terminou com nove prisões após cumprimento de mandados em SP, Paraná, Rondônia, Distrito Federal e Mato Grosso do Sul.

As prisões de seis dos nove suspeitos de planejar sequestrar e matar agentes públicos, incluindo o senador Sérgio Moro (União Brasil), aconteceram em uma região considerada como “reduto forte e histórico” da facção que atua dentro e fora dos presídios brasileiros e internacionalmente. A avaliação sobre o PCC em Campinas (SP) e municípios do entorno foi feita por um promotor do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público de São Paulo (MP-SP).

A Operação Sequaz, deflagrada pela Polícia Federal (PF) na manhã desta quarta-feira (22), cumpriu 24 mandados de busca e apreensão e 11 de prisão nos estados de São Paulo, Paraná, Rondônia, Distrito Federal e Mato Grosso do Sul. 

Entre os presos da região de Campinas, estão quatro homens e duas mulheres alvos de mandados de prisão, além de um homem preso em flagrante com documento falso – mas que a princípio não tem nenhum elo com o planejamento do grupo alvo da PF no país. As outras duas prisões registradas durante o andamento da operação foram na capital paulista e em Guarujá (SP).

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“A região de Campinas sempre foi um reduto muito forte do PCC, desde a época do próprio Andinho [Wanderson Nilton de Paula, preso na Penitenciária Federal de Brasília desde 2018 após condenações por uma série de crimes como sequestro, roubo, homicídio e tráfico de drogas]. Não é algo recente, mas sim histórico e por conjugação de fatores”, disse o promotor, que preferiu não ser identificado.

O narcotraficante Andinho está preso desde 2002. Em 2013, o próprio MP-SP mencionou que ele ainda comandava o tráfico de drogas na região de Campinas, embora estivesse na penitenciária de Presidente Venceslau (SP). No mesmo ano, um criminoso que teria ligação com Andinho foi preso suspeito de planejar a morte de promotores do Gaeco, em Campinas (SP).

 

 

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“Campinas é perto da capital, um lugar que tem grandes centros de criminalidade, e a atuação do Andinho no passado fortaleceu o crime organizado, e [ele] já planejou matar agentes públicos […] Crimes como tráfico de drogas, roubos a banco e a carros-fortes são bem ligados ao PCC”, falou o promotor, dizendo que as prisões registradas nesta manhã “não chegam a surpreender”.

Veja o balanço dos mandados de prisão e busca e apreensão no estado de São Paulo:

  • Americana – 1
  • Sumaré – 7
  • Hortolândia – 2
  • Santa Bárbara d’Oeste – 2
  • Nova Odessa – 1
  • São Bernardo do Campo – 1
  • Diadema – 1
  • Guarujá – 7
  • Andradina – 1

Quem são os presos e os próximos passos

Segundos os investigadores, foram confirmados mandados contra os seguintes suspeitos (outros nomes não foram divulgados):

  • Janeferson Aparecido Mariano;
  • Patrick Uelinton Salomão;
  • Valter Lima Nascimento;
  • Reginaldo Oliveira de Sousa;
  • Sidney Rodrigo Aparecido Piovesan;
  • Claudinei Gomes Carias;
  • Herick da Silva Soares;
  • Franklin da Silva Correa.

A PF não especificou os locais das prisões dos oito alvos de mandados encontrados na operação nem do homem detido em flagrante. Os seis presos da região foram levados para a Delegacia da PF em Campinas. Por volta das 11h, eles deixaram o local e foram encaminhados para São Paulo.

Quatro carros de luxo, duas motos e malotes com documentos foram apreendidos nesta quarta-feira e também encaminhados à sede da PF em Campinas. Um cofre com dinheiro também foi encontrado.

Investigações

De acordo com os investigadores, os planos seriam uma retaliação de integrantes da facção criminosa por causa de uma portaria do governo que restringia visitas em presídios federais, além do pacote anticrime. Atentados eram planejados desde o ano passado, segundo a investigação.

Quando era ministro da Justiça e Segurança Pública, no governo Bolsonaro, Moro determinou a transferência do chefe da facção, o Marcola, e de outros integrantes para presídios de segurança máxima. À época, o senador defendia isolamento de organizações criminosas como forma de enfraquecê-las.

Os alvos alugaram chácaras, casas e até um escritório ao lado de endereços de Moro. A família do senador também teria sido monitorada por meses pela facção criminosa, apontam os investigadores.

Além de homicídio, os suspeitos pretendiam sequestrar autoridades públicas, segundo a PF. Os policiais identificaram ainda que os ataques poderiam ocorrer de forma simultânea. Outro alvo do grupo era Lincoln Gakiya, do Gaeco de Presidente Prudente (SP).

Nas redes sociais, o ministro da Justiça, Flávio Dino, comentou a operação e confirmou que as vítimas seriam um senador e um promotor de Justiça.

Por meio de uma rede social, Moro afirmou que vai fazer um pronunciamento sobre ser alvo de ameaças de um grupo criminoso. “Sobre os planos de retaliação contra minha pessoa, minha família e outros agentes públicos, farei um pronunciamento à tarde na tribuna do senado. Por ora, agradeço a PF, PM/PR, Polícias legislativas do Senado e da Câmara, PM/SP, MPE/SP, e aos seus dirigentes pelo apoio e trabalho realizado”, diz a postagem.

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Fonte: Justocantins

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