Utilidade Pública

EM UM DIA, PETROBRAS PERDE R$ 30 BILHÕES EM VALOR DE MERCADO COM MUDANÇA NA LEI DAS ESTATAIS

Empresa já perdeu mais de R$ 200 bilhões apenas nos últimos dois meses

Em meio ao mau humor do mercado com a aprovação relâmpago de mudanças na Lei das Estatais na Câmara dos Deputados na última terça-feira (13), fez a Petrobras perder R$ 30 bilhões em valor de mercado nesta quarta (14), de acordo um levantamento do economista Einar Rivero, da plataforma TradeMap.

Em suma, as chamadas ações preferenciais da petroleira (PETR4)– que não possuem direito a voto – registraram queda de 7,93% nesta quarta. Já as ações ordinárias (PETR3) – que dão direito a voto – anotaram uma redução ainda maior, de 9,8%. A companhia fechou o pregão desta quarta avaliada em R$ 301 bilhões.

Ainda segundo levantamento da TradeMap,, desde o dia 21 de outubro, nove dias antes do segundo turno da eleição presidencial e quando a empresa atingiu sua maior capitalização histórica (R$ 520 bilhões), a Petrobras já acumulou perdas que equivalem a quase “uma Ambev” em valor de mercado, onde a redução da companhia petroleira foi de R$ 219 bilhões – a Ambev vale R$ 238 bilhões.

Ontem a Petrobras fechou o dia com valor de mercado de R$ 301 bilhões, representando uma perda de 42% desde outubro.

A queda nas ações ordinárias da Petrobras nesta quarta foi a segunda mais alta desde 22 de fevereiro de 2021, época em que ocorreu a saída de Roberto Castello Branco do comando da empresa. Na ocasião, os papéis afundaram 20,48% em um único pregão. Desde então, a maior redução tinha sido registrada no último dia 24 de outubro, quando as ações caíram 9,89%. 

 

 

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A Lei das Estatais (13.303/2016), ou Lei de Responsabilidade das Estatais, foi aprovada e sancionada durante o governo interino de Michel Temer (MDB), enquanto Dilma Rousseff (PT) estava afastada da Presidência da República em razão do processo de impeachment que enfrentava. Parte de uma agenda moralizante, o texto foi proposto na esteira do escândalo bilionário de corrupção na Petrobras que veio à tona a partir das denúncias da Operação Lava Jato, a partir de 2014.

A lei veio para aperfeiçoar a gestão das estatais e blindá-las de interferências políticas que trouxessem prejuízos aos seus negócios. Para isso, o texto estabelece uma série de exigências para nomeação de diretores e conselheiros, um rígido programa de regras de conduta, normas para compras e licitações, e políticas de auditoria interna e transparência com a sociedade e investidores.

Relatório divulgado em julho pela Secretaria de Coordenação e Governança das Empresas Estatais (Sest), do Ministério da Economia, mostrou que em 2021 o lucro líquido das 47 empresas controladas diretamente pela União somou R$ 187,7 bilhões, o maior resultado desde 2008. O faturamento chegou próximo a R$ 1 trilhão – mais precisamente, R$ 999,8 bilhões. 

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FONTE/CRÉDITOS: Gazeta do Povo/ Pleno News

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