Utilidade Pública

Golpe do Tinder corresponde a mais de 90% dos sequestros nas grandes cidades; em SP, 9 a cada 10 são via esse app — entenda como é o crime

“Observam usuários que ostentam poder econômico nas redes sociais e marcam um encontro na casa da ‘isca’, abordando as vítimas geralmente em ruas desertas”

Um tipo de extorsão que está se tornando comum no Brasil, por enquanto restrito às grandes metrópoles, é o chamado “golpe do Tinder”, no qual a vítima marca um encontro em aplicativo de namoro e acaba sequestrada. 

A Secretaria da Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP) afirmou à BBC News Brasil que o crime responde por “90% dos sequestros registrados”.

9 em cada 10 sequestros de SP são ‘golpes do Tinder’

Somente neste ano, a Divisão Antissequestro do Dope, unidade da Polícia Civil paulista especializada em sequestros, conseguiu elucidar 94 ocorrências desse tipo, prendeu 251 suspeitos e apreendeu 9 adolescentes envolvidos. 

Segundo a SSP, esses sequestros são consumados a partir de relacionamentos formados com perfis falsos criados em apps como o Tinder.

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Entrevistados pela BBC, os policiais explicaram que o perfil preferido pelos criminosos — que observam suas futuras vítimas nas redes sociais — é de homens mais velhos que ostentam poder econômico, por meio de postagens de fotos de viagens internacionais ou ao lado de carros de luxo.

Segundo um tenente da Polícia Militar que atua na zona norte de São Paulo e pediu para não ser identificado, após um homem conhecer uma mulher em um aplicativo de relacionamento e trocar mensagens.

“Os encontros geralmente são marcados em bairros mais afastados entre o fim da tarde e início da noite, onde acontece o sequestro”

O especialista em segurança digital da Safernet, Guilherme Alves, explicou à BBC que existem alguns comportamentos que são um sinal de alerta para quem conheceu uma pessoa em app de namoro e pretende marcar um encontro presencial. 

Um deles é quando a pessoa exclui o perfil da plataforma após o primeiro encontro, ou insiste em passar a conversar pelo WhatsApp.

Além de sempre guardar registros das conversas do perfil, diz o policial, a principal recomendação é sempre marcar encontros em locais públicos de grande movimentação de pessoas, como um shopping.

Segundo a pasta, os criminosos estudam suas vítimas. “Observam usuários que ostentam poder econômico nas redes sociais e marcam um encontro na casa da ‘isca’, abordando as vítimas geralmente em ruas desertas”, informou por meio de nota.

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Com informações de BBC Brasil

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