Carregador na tomada gasta energia? Confira
Basta a tarifa da conta de luz subir para revermos todos os aparelhos que estão consumindo muita energia em casa. Além daquelas luzinhas que já ficam ligadas o tempo todo — da TV, do micro-ondas e da geladeira — que influenciam na conta, será que deixar o carregador dos seus dispositivos na tomada também gasta energia mesmo sem uso?
Muitas pessoas têm o hábito de deixar a fonte do notebook, do celular e do smartwatch direto na tomada. Convenhamos, o adaptador de energia plugado constantemente é muito mais conveniente no dia a dia. Até por isso, há quem opte de vez pelo carregador sem fio, que elimina a necessidade de usar diferentes cabos para cada dispositivo que você tem em casa.
A verdade é que o carregador sempre vai consumir energia mesmo sem uso, ou seja, ainda que não esteja conectado ao aparelho, a fonte puxa alimentação, mas não há motivos para se preocupar.
Alessandro de Oliveira Santos, Mestre e Professor de Engenharia Elétrica do Instituto Mauá de Tecnologia (IMT), explica ao Tecnoblog que, ao adotar essa prática, o consumidor não terá um gasto significativo capaz de impactar na conta de luz.
“Na prática, é um consumo de stand by bem pequeno. Por exemplo, considerando um valor de R$ 0,74 o kWh, você gastaria R$ 0,60 por ano com o carregador ligado ali na tomada sem uso — é muito pouco”, esclarece Oliveira Santos. Por outro lado, a alimentação do celular também não influencia tanto no valor da conta.
Em média, se você deixar o smartphone carregando por 90 minutos uma vez ao dia, a fonte fará você pagar cerca de R$ 0,01 por dia. Estamos falando de um custo de R$ 3,65 ao ano. “É claro que esse não é um número exato, porque depende do tamanho do celular, da fonte e do preço praticado pela concessionária de energia, mas em média o gasto é pequeno”, explica o professor do IMT ao Tecnoblog.
É seguro deixar o carregador na tomada?
A princípio, sim.
Os carregadores passam por uma série de testes e devem ser certificados por órgãos reguladores antes de chegar ao mercado.
Especialistas consultados pela nossa reportagem confirmam que, desde que você utilize fontes originais, certificadas pela Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) ou pelo Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia), não há riscos em deixá-las sempre na tomada.
“Se tratando de dispositivos oficiais, ou seja, licenciados, eles são extremamente seguros e têm circuitos de proteção. Então, não há problema algum, pois eles foram planejados para ficar em conexão com a tomada”, conta Arthur Igreja, especialista em Tecnologia e professor convidado da FGV, em entrevista ao Tecnoblog.
Apesar disso, é aconselhável evitar. Além de estar exposto a quedas de raio, existe o risco de você danificar o equipamento ao pisar ou soltar sem querer. Crianças e animais também podem sofrer acidente ao morder o cabo de energia.
“Por uma questão de segurança é melhor tirar. Não porque vai causar um risco de incêndio; é mais pelo ponto de vista funcional, para não criar uma situação de risco”, completa o professor Alessandro.
Se manter a fonte sempre plugada não gera tanto risco assim, fazer com que o seu celular fique constantemente à alimentação pode ser muito prejudicial. De acordo com o Battery University, é aconselhável alimentar o seu device regularmente até os 80% e evitar descargas completas, ou seja, deixar que o aparelho descarregue totalmente.
Como saber quanta energia um dispositivo consome?
Agora que você já sabe que o carregador conectado constantemente não é o principal vilão do seu bolso, vale entender como os demais equipamentos da sua residência consomem energia. Para isso, precisamos reunir algumas informações para então chegar no resultado.
Para começar, identifique a potência do dispositivo e o intervalo em que ele fica ligado. Esta é fórmula utilizada: Eel = P.∆t P = Potência(kW) ∆t = tempo de uso, que considera consumo de energia (kWh), potência do produto (kW) e o período de uso (em horas).
Consulte a média do preço do kWh cobrado com a sua concessionária de energia. Esse valor muda em cada região do Brasil, e até mesmo as temidas bandeiras tarifárias influenciam no valor final.
Com informações: How-To Geek