Política

Não basta o fundão eleitoral de R$ 5 bilhões para partidos fazerem campanhas; segurança de candidatos à Presidência custará R$ 57 milhões aos cofres públicos, diz PF

Custo operacional, com diárias pagas aos agentes, deverá custar R$ 25 mi; outros R$ 32 mi serão investidos em equipamentos

Dinheiro público não dá em árvore e muito menos sai do salário dos candidatos ou de partidos políticos, sai simplesmente dos cofres públicos. Trabalhamos, em média, seis meses para pagar impostos e manter esse país economicamente viável para poucos usufruírem do bom e do melhor e não produzirem o que a sociedade merece pelos altos encargos que paga. O dinheiro público é seu, é nosso, a diferença é que você administra o que lhe resta dos outros seis meses de trabalho, e o dinheiro público você ‘contrata’ um ladrão ou irresponsável para administrar. No final das contas esse dinheiro é de todos. Por quê não tirar do fundo eleitoral de quase R$ 5 bilhões?

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A segurança dos candidatos à Presidência da República, que é feita pela Polícia Federal (PF), tem novidades neste ano de 2022. A primeira delas é a criação de um grupo de integração de segurança dos presidenciáveis que deve unir operadores das áreas de inteligência, combate ao crime organizado e proteção à pessoa da PF. Essa equipe vai atuar em conjunto com pelo menos 300 policiais federais que estarão em diferentes Estados brasileiros, também atuando nesta operação de segurança dos candidatos.

O investimento que a corporação deve fazer é de R$ 57 milhões, R$ 25 milhões com o custo operacional, com diárias pagas aos agentes, e ainda outros R$ 32 milhões investidos em equipamentos, como coletes, pastas balísticas, a compra de 71 veículos blindados e aparelhos de rádiocomunicação.

Uma segunda novidade das ações neste ano de 2022 é uma matriz de cálculo de segurança dos presidenciáveis. O risco deles será apontado pela PF. Algumas variáveis são colocadas como nível de atenção de que um presidenciável atrai para si, além do nível de exposição ao qual ele se coloca, ameaças e atentados já sofridos e ameaças que venham a acontecer durante o período da campanha eleitoral.

 

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De acordo com a PF, o relatório de risco será analisado diariamente, podendo, inclusive, que um candidato tenha um efetivo de policiais aumentado ao lado dele ou então o reforço de outras ações de segurança.

De acordo com a PF, desde 2019, 200 agentes receberam treinamentos específicos no modo presencial para a finalidade da operação de proteção dos candidatos à Presidência. Outros 400 receberam um treinamento no modelo de ensino à distância. Ainda será feita a seleção de quais agentes vão participar da operação.

Para o trabalho ter início é necessário que as candidaturas já estejam homologadas. Sendo assim, o trabalho da PF só deverá começar a partir de 16 de agosto. Entretanto, a corporação já está em contato com os partidos políticos para estreitar as relações, já que é somente com um pedido oficial feito por um candidato que a PF pode desempenhar esse papel. Há ainda algumas contrapartidas a serem feitas pelos candidatos.

“O fornecimento da agenda dele com antecedência prévia. A gente colocou 48 horas. Porque o candidato está na base dele, vamos supor São Paulo, e vai viajar lá para o Amazonas. Eu preciso, a equipe de cada candidato precisa, saber com antecedência para onde ele vai para verificar a rota, verificar se o ambiente em que ele vai é um ambiente controlado, onde está a rota de fuga, eventualmente se precisar de um socorro hospitalar, para onde vai, isso tudo é feito com base em um planejamento operacional. Cada evento desse que o candidato vai, a PF elabora um planejamento operacional com esses dados”, afirma o coordenador de proteção à pessoa da Polícia Federal, Thiago Marcantonio Ferreir.

A Polícia Federal argumenta que as melhorias foram feitas levando em consideração o trabalho, a evolução da PF. Por mais que o cenário esteja polarizado, como admite a PF, a respeito dessas eleições gerais de 2022, ainda assim as melhorias não foram feitas pensando em uma possibilidade de maior risco, tanto de segurança dos candidatos à Presidência da República quanto da situação das eleições como um todo.

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