Volta do sistema do Banco Central para consulta de dinheiro ‘esquecido’ em bancos já tem data marcada; veja quando o SVR estará novamente no ar
Quem tiver valores a receber também será informado sobre a data em que poderá solicitar a transferência dos recursos para sua conta
Após suspender temporariamente o acesso ao Sistema de Valores a Receber (SVR) graças à instabilidade em seus sites, o Banco Central revelou quando cidadãos e empresas poderão voltar a consultar se têm algum dinheiro “esquecido” a receber em bancos e demais entidades do sistema financeiro.
Segundo um comunicado enviado nesta quinta-feira (27), o SVR estará novamente disponível a partir do dia 14 de fevereiro. Quem tiver valores a receber também será informado sobre a data em que poderá solicitar a transferência dos recursos para sua conta. As movimentações serão liberadas em 07 de março, na data informada pelo sistema.
E não é preciso correr: o BC reforça que não há risco de prescrição ou perda dos recursos não procurados durante o período de indisponibilidade do SVR. “Os cidadãos não devem se preocupar com a manutenção de recursos, que permanecerão guardados pelas instituições financeiras à espera de seus proprietários”.
O sistema precisou sair do ar porque seu lançamento, na última segunda-feira (24), despertou a atenção de muitos consumidores e gerou demanda de acessos acima da esperada, o que provocou instabilidade em sua página e também nos sites do BC, do Registrato e Minha Vida Financeira.
“A quantidade de acessos ao site foi 20 vezes maior que um dia de alto volume – ou 50 vezes maior que um dia normal. Essa alta procura ao site para acessar o SVR provocou sua instabilidade, seguida de indisponibilidade, levando o BC a retirar o SVR do ar”, explica a instituição financeira.
Como funciona o SVR
O Sistema de Valores a Receber entrou em funcionamento ontem e permite que cidadãos e empresas consultem se têm algum dinheiro “esquecido” a receber em bancos e demais entidades do sistema financeiro.
A consulta pode ser feita na página “Minha Vida Financeira”, dentro do site do BC, apenas usando o CPF ou CNPJ da empresa. Segundo o BC, as informações disponibilizadas no novo serviço são de responsabilidade das próprias instituições, mas o órgão estima que há cerca de R$ 8 bilhões de recursos nesta condição.
Na época do anúncio do sistema, em junho de 2021, a autarquia disse que é comum que as pessoas não saibam ou não se lembrem da existência dos saldos.
“Em algumas situações, os saldos a receber podem ser de pequeno valor, mas pertencem aos cidadãos que agora possuem uma forma simples e ágil para receber esses valores”, afirmou o BC.
As pessoas físicas e jurídicas que têm valores a receber poderão solicitar o resgate via Pix no Registrato, sistema do BC em que a população pode consultar informações financeiras como empréstimos em seu nome, dívidas com órgãos públicos, entre outras.
Para essa opção, é necessário, contudo, que os bancos ou instituições financeiras tenham aderido a um termo específico junto ao BC. A outra alternativa é informar os dados de contato no Registrato e, em seguida, a instituição financeira deve informar o meio de pagamento ou transferência.
Segundo o órgão, as instituições autorizadas que tenham valores a devolver receberão documento com os dados dos usuários que já solicitaram a devolução com indicação de chave Pix, e terão 10 dias úteis para fazer a transferência.PUBLICIDADE
“No caso das instituições que não aderiram ao Termo de Adesão, a devolução deverá ser feita na forma acordada entre as partes após o contato do usuário pelos canais da instituição informados no sistema”, disse o BC.