Olavo de Carvalho não morreu de covid-19, afirma médico particular do escritor — confira na íntegra a nota médica
Ahmed Youssif El Tassa, médico particular do filósofo Olavo de Carvalho há mais de 30 anos, negou que a morte do escritor tenha sido devido à covid-19, mas sim em decorrência de “insuficiência respiratória aguda”. O jornal O Globo obteve uma nota do clínico-geral nesta terça-feira, 25, e confirmada por Oeste.
O quadro se deu em razão de enfisema pulmonar associado à insuficiência cardíaca congestiva, à pneumonia bacteriana e a uma infecção generalizada. “Ele sofria de Doença Broncopulmonar Obstrutiva Crônica, no caso, o enfisema pulmonar. Não tem qualquer relação com a covid-19”, disse Ahmed.
“Trata-se de um problema crônico. Qualquer pessoa com um enfisema crônico, quando pega uma pneumonia, é quase um sinônimo de morte”, constatou o médico. Ahmed explicou que a infecção de Olavo de Carvalho foi provocada pela bactéria Staphylococcus aureus, resistente ao antibiótico Meticilina.-Publicidade-
Dessa forma, o filósofo teve “eventos tromboembólicos generalizados por coagulação intravascular disseminada em múltiplos órgãos”, segundo o médico informou, em nota. Ahmed trabalha em Brasília, mas afirmou que acompanhou o escritor em suas internações recentes no Brasil, além de nos EUA.
Olavo foi diagnosticado com covid-19 em 16 de janeiro. Uma das filhas do escritor, Heloísa (que tinha problemas pessoais com o pai), disse hoje que o coronavírus teria provocado a morte do pai, tese divulgada pela imprensa.
Leia a nota do médico de Olavo de Carvalho
“Na condição de médico particular há 35 anos do Professor Olavo de Carvalho, falecido ontem, dia 24 de janeiro de 2022, no Estado da Virginia, EUA, informo oficialmente que, de acordo com os boletins médicos emitidos nos últimos dias pelo Hospital John Randolph Medical Center, a sua morte foi deflagrada por insuficiência respiratória aguda por DPOC, insuficiência cardíaca congestiva, pneumonia bacteriana, e infecção generalizada (septicemia) causada pela bactéria Staphylococcus aureus Resistente à Meticilina, geralmente referida pelas siglas SARM ou MRSA. Condições que levaram a eventos tromboembólicos generalizados por coagulação intravascular disseminada (CIVD) em múltiplos órgãos.”
Por revista Oeste