Em Porto Velho, Motorista de APP forja o próprio sequestro e dois dias depois “arrependido” confessa toda farsa — confira a história
Porto Velho-RO — Na última terça-feira (11), um motorista de aplicativo registrou boletim de ocorrência afirmando ter sido sequestrado e abandonado na cidade de Guajará-Mirim, interior de Rondônia. Segundo o homem, os supostos bandidos o teriam largado e levado o carro, marca Gol de cor branca, que ele teria alugado para ‘trabalhar’.
Porém, felizmente, toda mentira tem perna curta, a farsa foi descoberta. Dois dias depois, na noite de ontem, quinta-feira (13), o motorista, acompanhado do dono do veículo, se apresentou espontaneamente na Unisp, localizada na avenida Brasília, centro de Porto Velho, e confessou toda verdade sobre o falso sequestro pois “estava arrependido do que fez”.
Segundo relatos do homem ele foi “convencido” por um ‘amigo’ (da onça) a levar o veículo até Guajará-Mirim e vender o carro na Bolívia pelo valor de R$ 15 mil. Desse total, R$ 8 mil seriam para ele e o restante (R$ 7 mil) seria do suposto comparsa.
Ao chegar no destino final, seu amigo pegou o veículo e levou para a Bolívia, enquanto o motorista de app ficou do lado brasileiro aguardando o outro criminoso com o dinheiro da venda. Como não ‘combinaram’ com a Polícia do país vizinho (ironia), o amigo que levara o carro falou que “policiais bolivianos tomaram o veículo e não deu de vender. Eu só tenho 100 reais então pega para você voltar para Porto Velho”.
Como não estava com dinheiro, pegou os cem conto e pagou para um mototáxi levá-lo até a saída da cidade e de lá pegou carona até a capital. Para piorar mais um pouco, o condutor forjou o sequestro e se livrar do rolo que se meteu.
De acordo com informações, os policiais entraram em contato com as forças de segurança da Bolívia e foram informados que não havia entrado nenhum veículo com essas características. A PM registrou a ocorrência e encaminharam-no, juntamente com o proprietário do Gol, até a delegacia de furtos e roubos para serem ouvidos. O ‘falso sequestrado’ não foi preso porque não estava em flagrante delito. A Polícia Civil-RO investiga o caso.
A pergunta que fica é: será mesmo que o veículo foi apreendido pela polícia boliviana? O carro foi vendido e seu amigo o enganou? São perguntas, ainda, sem respostas.