Polícia Civil-RO faz reconstituição da morte de Monalisa Gomes e descarta suicídio; “A vítima foi morta por estrangulamento”, revela delegada
A reconstituição do caso Monalisa Gomes da Mata, morta em seu apartamento no bairro Embratel em Porto Velho, foi feita na noite de quinta-feira (16) na residência da vítima. No dia do crime, os dois homens suspeitos tentaram simular o suicídio da vítima.
No local, peritos e agentes da Polícia Civil acompanharam o marido da Monalisa e um amigo do casal, com o objetivo de entender o que aconteceu na noite em que a jovem de 24 anos foi estrangulada.
“Ontem, cada um apresentou sua versão dos fatos. Foi feito um passo a passo do que eles já haviam falado dentro do inquérito policial, com maiores detalhes, até porque eles mostraram ali o momento anterior, o momento posterior e tudo que aconteceu ali. A gente notou ali naquele local que há uma contradição entre as versões que foram apresentadas, com o que está no inquieto policial”, explicou Leisaloma Carvalho, delegada responsável pelo caso.
Segundo a polícia, com a autópsia e reconstituição do caso, a possibilidade de suicídio fica descartada e agora, o objetivo é descobrir o porque Monalisa foi morta.
“A vítima foi morta por estrangulamento. A alegação em que foi dada é aquela que teria se suicidado e não há essa possibilidade ali, até porque o laudo tanatoscópico, ou seja, o laudo que foi feito no cadáver da vítima ele é conclusiva, a causa evidente da morte é estrangulamento”, revelou a delegada.
“A dinâmica do fato é diferente, a maneira como o cadáver foi encontrado destoa. Então é feito um cálculo da posição do varal que foi amarrado no pescoço da vítima, com os detalhes que foram fornecidos, além dos elementos das outras testemunhas e isso tudo ele tem que casar de novo inquérito policial”, explicou Leisaloma.
A delegada responsável por conduzir a investigação informou que os dois suspeitos seguem presos preventivamente e que aguarda a conclusão do laudo da reconstituição.
Simulação de suicídio
Monalisa Gomes, de 24 anos, foi morta na madrugada de 6 de dezembro em seu apartamento, no bairro Embratel, região central de Porto Velho. Os suspeitos, de 33 e 36 anos, chegaram a levá-la à central do Samu, mas, ao chegarem no local, foi constatado o óbito da vítima.
À polícia, os homens explicaram que eles estavam junto com a Monalisa na noite do dia 5 e consumiam bebidas alcoólicas e drogas. No entanto, em determinado momento, o casal começou a brigar e incomodado, o amigo decidiu ir embora. Com a ação dele, o namorado disse que também foi embora.
No entanto, cerca de 30 minutos depois, eles retornaram e encontraram a vítima parcialmente pendurada pelo pescoço, com uma corda que estava amarrada na janela.
No dia do crime, os policiais militares foram ao apartamento da vítima e lá, eles encontraram móveis revirados, cacos de vidro no chão, vestígios de sangue e o arame que foi envolvido no pescoço da vítima amarrado na janela. Os policiais fizeram fotos, que foram cruciais para dar início às investigações.
Ao g1, o delegado de plantão, Pedro Palharini, que acompanhou o início do caso, disse que as marcas no corpo da vítima, observada pelas fotos enviadas pelos militares, chamou a atenção para que se desconfiasse da versão de suicídio dita pelos suspeitos.
Além das marcas de estrangulamento, a vítima apresentava uma série de escoriações pelo corpo e um hematoma na região da cabeça, próximo ao olho, todas elas recentes.
Fonte G1 Rondônia