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Infecção anterior protege 7 vezes mais que vacina covid da Pfizer; constata estudos israelense

A sanha de políticos lobistas em empurrar a vacina a qualquer custo não tem limites. Cobrar o passaporte vacinal é, no mínimo, burrice intencional sem precedentes. Explico: imaginemos uma pessoa com os esquema de vacinação completa, ou seja, tomou as duas doses do imunizante, pode contrair o vírus novamente e, inclusive, contaminar outras pessoas. O cidadão mesmo tendo tomado as vacinas e estando com o vírus pode entrar sem problema nenhum em qualquer evento, basta apresentar o passaporte vacinal, mesmo contaminado. Dados do governo israelense, mostram que infecção natural protege 7x mais que vacina covid da Pfizer, por exemplo.

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De acordo com números apresentados pelo Ministério da Saúde de Israel, pessoas que adquiriram imunidade contra o novo coronavírus por infecção natural são menos suscetíveis a serem infectadas em novos surtos em comparação com aquelas que obtiveram imunidade por vacinação.

Israel revelou um dos mais bem guardados segredos de governos de todo o mundo: qual a participação no total de novos casos de pessoas infectadas depois de vacinadas.

O levantamento de Israel é particularmente importante porque o país detém a maior taxa de população vacinada do mundo, seguido do Chile, e enquanto Israel utilizou uma vacina de maior efetividade (Comirnaty, da Pfizer/BioNTech), demonstrada para o vírus original e suas variantes, no Chile 80% dos imunizados receberam uma vacina de baixa efetividade (CoronaVac, da Sinovac).

Na prática, Israel é o “padrão ouro” para o que se pode esperar das melhores vacinas covid após grande parte da população imunizada.

 

Segundo as autoridades israelenses, mais de 7.700 novos casos do vírus foram detectados durante a onda iniciada em maio deste ano, mas apenas 72 dos casos confirmados foram relatados em pessoas que já haviam sido infectadas anteriormente – ou seja, menos de 1% dos novos casos.

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Aproximadamente 40% dos novos casos – ou mais de 3.000 pacientes – foram de pessoas infectadas apesar de terem sido vacinadas com duas doses.

Até o momento, cerca de 60% dos pacientes em estado grave foram anteriormente vacinados. Além disso, de acordo com pesquisadores da Hebrew University que aconselham o governo israelense, cerca de 90% das pessoas infectadas com mais de 50 anos receberam as duas doses da vacina da Pfizer.

Os números em si não são surpreendentes. Os dados mais recentes indicam que 85% dos adultos israelenses são vacinados.

“Quanto mais vacinada for uma população, mais ouviremos falar de vacinados sendo infectados. Por exemplo, digamos que haja uma comunidade que está 100% vacinada. Se houver transmissão, sabemos que casos acontecerão. Então, por definição, 100% dos casos de surto serão entre vacinados. Será apenas 100% de um número pequeno”, explicou ao Washington Post (WAPO) a epidemiologista Katelyn Jetelina.

Contudo, realizados os ajustes proporcionais, os dados sugerem que os vacinados em Israel teriam 6,7 vezes mais probabilidade de serem infectados do que após a infecção natural, contradizendo diretamente a Pfizer e Moderna, que afirmam que os anticorpos criados por suas vacinas são mais poderosos do que os anticorpos produzidos por infecção natural, uma das razões apontadas para os pacientes recuperados de covid-19 serem vacinados.

A disparidade confundiu os especialistas do Ministério da Saúde israelense, com alguns dizendo que os dados provam o nível mais alto de imunidade fornecido pela infecção natural em comparação com a vacinação. No entanto, outros não estão convencidos.

Com uma taxa de infecção entre os vacinados de 2% e uma taxa de infecção de 13% entre os não vacinados, a taxa de efetividade da Comirnaty é de 85% em Israel.

Variante Delta

Dados do governo israelense mostram que a vacina da Pfizer é de fato significativamente menos eficaz na prevenção de casos de coronavírus da variante Delta (64%) do que era para variantes anteriores (95%). Também é significativamente menos eficaz na prevenção de casos sintomáticos (64% vs. 97%). Mas tem um desempenho muito mais semelhante no que diz respeito à prevenção de casos graves e hospitalização (93% vs. 97,5%).

Casos confirmados de covid-19 em Israel por faixa etária (27/junho a 03/julho). Fonte: Israel Ministry of Health Dashboard
Casos confirmados de covid-19 em Israel por faixa etária (27/junho a 03/julho). Fonte: Israel Ministry of Health Dashboard

A variante Delta sugere que o vírus provavelmente continuará a se espalhar, mesmo entre as pessoas vacinadas e até mesmo em um país fortemente vacinado como Israel, porque as vacinas não protegem da transmissão ou de casos sintomáticos quase tão bem. Mas isso não significa que as vacinas não funcionem, especialmente quando se trata de prevenir os casos graves da doença.

Internações hospitalares semanais de pacientes com covid-19 em Israel. Fonte/arte: © Our World in Data
Internações hospitalares semanais de pacientes com covid-19 em Israel. Fonte/arte: © Our World in Data

Israel tem uma média de 120 internações hospitalares semanais de pacientes com covid-19, face quase 2.000 em janeiro. Os casos representam menos de um décimo dos registrados então e as admissões em UTIs giram em torno de um vigésimo, de acordo com dados coletados pela Universidade de Oxford.

Hospitalizações por covid-19 em Israel em junho/julho de 2021. Os dados mais recentes indicam que 85% dos adultos israelenses são vacinados contra o SARS-CoV-2, o vírus da covid-19.
Hospitalizações por covid-19 em Israel em junho/julho de 2021. Os dados mais recentes indicam que 85% dos adultos israelenses são vacinados contra o SARS-CoV-2, o vírus da covid-19. Fonte: Israel Ministry of Health Dashboard

A “porcentagem de casos que ficam gravemente doentes agora é de 1,6%, em comparação com 4% em um estágio semelhante na 3ª onda, quando não havia vacinas”, disse em rede social Eran Segal, biólogo computacional do Instituto de Ciência Weizmann e conselheiro do governo israelense.

Israel - percentual de infectados que ficam gravemente doentes. Fonte/arte: © Eran Segal/rede social
Israel – percentual de infectados que ficam gravemente doentes. Fonte/arte: © Eran Segal/rede social

Doses de reforço

Mesmo com o sucesso da vacinação, Israel fez um acordo com a Pfizer para começar a distribuir doses de reforço para a população mais vulnerável, apesar da insistência da Organização Mundial da Saúde (OMS) e da agência reguladora americana FDA de que “não há evidência” de que uma dose de reforço seja necessária.

Em maio, a Dra. Katherine L. O’Brien, Diretora do Departamento de Imunização, Vacinas e Produtos Biológicos da OMS disse que as expectativas da população em torno de doses anuais de reforço contra o vírus da covid-19 estão sendo definidas por executivos da indústria farmacêutica.

Em um levantamento da Reuters, renomados especialistas em doenças infecciosas e desenvolvimento de vacinas disseram que há evidências crescentes de que uma primeira rodada de vacinações globais pode oferecer proteção duradoura.

Em 8 de julho, os Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) e a Food and Drug Administration (FDA) afirmaram sua confiança nas vacinas. Eles anunciaram conjuntamente que nenhum reforço é necessário neste momento, reportou o Wall Street Journal (WSJ).

“O sistema imunológico humano é realmente mais inteligente e flexível do que a maioria das pessoas imagina. As vacinas geram células B de memória que permitem a produção de anticorpos adaptados para uma série de variantes, caso as encontrem. Dados do La Jolla Immunology Institute e da University of California, San Francisco, mostram que as respostas das células T provocadas pelas vacinas são fortes contra as variantes conhecidas”, comentou o WSJ.

Na segunda-feira (12), Soumya Swaminathan, Cientista-Chefe da OMS, alertou aos países para que não se baseiem em declarações de empresas farmacêuticas, que dizem que agora é necessária uma terceira dose de reforço.

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Segundo dados do Ministério da Saúde de Israel, o país está cuidando de 199 pacientes hospitalizados com covid-19. Destes, 108 estão em estado crítico – 77 tinham sido imunizados com duas doses de vacina contra o coronavírus.

Pacientes hospitalizados com covid-19 em estado severo/crítico. Fonte/arte: © Israel Ministry of Health Dashboard
Pacientes hospitalizados com covid-19 em estado severo/crítico. Fonte/arte: © Israel Ministry of Health Dashboard

Os últimos dados oficiais de Israel apontam que foram vacinadas 5.761.939 pessoas, com 5.308.027 tendo completado o regime de duas doses.

Atualização 29/07/2021

Israel será o primeiro país a oferecer uma dose de reforço da vacina da Pfizer-BioNTech para pessoas com mais de 60 anos.

“As descobertas mostram que há um declínio na imunidade do corpo ao longo do tempo. O objetivo da dose suplementar é aumentá-la novamente e, assim, reduzir significativamente as chances de infecção e doenças graves. […] Peço a todos os idosos que receberam a segunda dose, que busquem a suplementar”, disse o Primeiro-Ministro Naftali Bennett em entrevista coletiva. Segundo Bennett, o Presidente Isaac Herzog será o primeiro a receber o reforço, na sexta-feira (30).

Serão elegíveis para a terceira dose pessoas com mais de 60 anos que receberam sua segunda dose da vacina Pfizer há pelo menos cinco meses.

Atualização 08/08/2021

De acordo com dados do Ministério da Saúde de Israel, reportados pela TV israelense neste domingo (8), quatorze pessoas foram diagnosticadas com covid-19 apesar de terem sido inoculadas com uma terceira dose da vacina Pfizer.

Onze dos 14 casos detectados tem mais de 60 anos e os demais são de pessoas imunocomprometidas, informou o Channel 12. Dois pacientes estão hospitalizados.

O número limitado de casos não é suficiente para os médicos tirarem conclusões quanto à efetividade da terceira dose no combate à variante Delta.

Atualização 25/08/2021

O estudo israelense Comparing SARS-CoV-2 natural immunity to vaccine-induced immunity: reinfections versus breakthrough infections, divulgado em preprint, mostrou que as pessoas que já tiveram uma infecção por SARS-CoV-2 tinham muito menos probabilidade do que aquelas vacinadas de ser infectadas pela variante Delta, desenvolver sintomas ou ser hospitalizadas com covid grave.

Os autores descobriram que, entre 1º de junho e 14 de agosto, os vacinados em janeiro e fevereiro de 2021, tiveram um risco aumentado de 13 vezes (IC de 95%, 8-21) para infecção sintomática com a variante Delta em comparação com as pessoas não vacinadas que desenvolveram imunidade natural contra o vírus da covid-19 nos dois primeiros meses do ano.

Com informações do Arutz Sheva, The Jerusalem Post, The Times of Israel

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