Opinião

LAMENTÁVEL: queimadas em Rondônia prejudicam a recuperação de contaminados por coronavírus

Os problemas provocados em consequência das queimadas são inúmeross: tosse seca, dor e ardência na garganta, dificuldade para respirar, lacrimejamento e vermelhidão nos olhos, cansaço e dor de cabeça. Além desses problemas, a fumaça também agrava doenças respiratórias prévias, como asma, bronquite e rinite, entre outras – em alguns casos, pode até mesmo desencader em indivíduos sadios.

Problemas cardiovasculares, pneumonia, insuficiência respiratória e até risco de câncer também integram a lista dos malefícios causados pela prática. Como consequência desse ato criminoso, unidades de emergência e serviços de saúde tendem a se sobrecarregar.

Especialistas alertam que ao afetar o sistema respiratório, a fumaça pode afetar pacientes com covid-19, levando a consequências mais sérias e, em alguns casos, até a morte.

Para amenizar o problema, o batalhão da Polícia Ambiente de Rondônia trabalha diuturnamente no combate aos crimes ambientais com intuito de reduzir os crimes, principalmente em tempos de pandemia que, hoje ultrapassa 30 mil infectados, com 727 óbitos em todo Estado de Rondônia pelo novo coronavírus. Segundo a lei federal 9.605/98 essa prática configura crime.

Em entrevista exclusiva ao portal Omadeira.com.br, o subcomandante do Batalhão da Polícia Ambiente, Capitão-PM Jairo Alves Carneiro, as queimadas urbanas, ou seja, dentro da cidade é de difícil detecção tendo em vista serem diversos focos espalhados por toda cidade.

“É aquela pequena queima de folhas ou podas de árvores; ou aquele fogo em terreno baldio; ou até mesmo aquele monte de resíduos (lixo) que se ateia fogo. Aparentemente, pequenos e inofensivos focos, mas neles se escondem um imenso problema urbano. Vamos imaginar que em cada quarteirão haja pelo menos uma pessoa queimando resíduos, vegetação de terreno baldio, folhas ou galhos de árvores; agora imagine quantos quarteirões existem em sua cidade; agora some todos esses focos de queimadas; atribui também o fato de que a fumaça tem maior dificuldade de se dispersar entre casas e prédios. A soma de todos esses fatores torna a atmosfera urbana um verdadeiro caos”, esclarece Cap-PM Jairo.

 

Essa conscientização preventiva da população que o Batalhão da Polícia Ambiental, juntamente com órgãos de proteção ambiental (Bombeiros, Sedam e secretarias de meio ambiente) buscam diariamente melhorias na qualidade do ar através de pit-stops educativos, com entrega de material informativo e contatos para denúncia no 3230-1088 e 9 9995-6874.

“Em especial, a Polícia Ambiental, está realizando um trabalho mais in loco, com patrulhamentos em bairros com maior incidência de queimadas, identificando os focos de queimadas e orientando a população quanto à ilegalidade e nocividade dessa prática. Em pouco tempo de atuação, já estão sendo observadas algumas mudanças de atitudes das pessoas que, no retorno ao local, observou-se menos focos de queimadas e mais resíduos ensacados para serem recolhidos pela coleta de lixo. Mais que atenção, a natureza precisa de proteção”, finaliza.

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