Xi Jinping pediu à OMS que adiasse alerta de pandemia, diz jornal alemão
jornal alemão Der Spiegel publicou um relatório neste fim de semana afirmando que as autoridades de inteligência alemãs acreditam que o ditador chinês, Xi Jinping, pediu pessoalmente ao chefe da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, que adiasse os avisos sobre o coronavírus chinês.
Xi supostamente insistiu para que Tedros não declarasse o surto como uma pandemia em conversa telefônica que o jornal alemão disse ter ocorrido em 21 de janeiro.
Ele também teria encorajado Tedros a não compartilhar informações que mostravam que o vírus poderia ser transmitido de pessoa para pessoa.
A conversa supostamente ocorreu uma semana antes de Tedros visitar pessoalmente Pequim. O diretor da OMS declarou pandemia em 11 de março, um dia após Xi Jinping visitar Wuhan, a cidade de origem do vírus, e declarou que a China havia derrotado seu surto local.
Xi evitou Wuhan até então, apesar dos relatos indicando casos de doença respiratória contagiosa que se espalhavam na cidade central da China em novembro de 2019.
A OMS negou a conversa no relatório Der Spiegel em uma série de tweets.
O jornal alemão publicou um relatório na sexta-feira em que afirmava que o Serviço Federal de Inteligência da Alemanha (BND) hesitava em apoiar o secretário de Estado americano Mike Pompeo de que “existiam enormes evidências” ligando a pandemia ao Instituto de Virologia Wuhan, um laboratório biológico que estudavam coronavírus altamente contagiosos de origem animal no momento em que o surto começou.
A história também afirmava: “de acordo com o BND, a China pressionou a Organização Mundial de Saúde (OMS) a adiar um alerta global depois que o vírus eclodiu no mais alto nível. Em 21 de janeiro, o líder da China, Xi Jinping, pediu ao chefe da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, que retivesse informações sobre uma transmissão de humano para humano e adiasse um aviso de pandemia”.
Der Spiegel acrescentou: “o BND estima que a política de informações da China perdeu quatro a seis semanas para combater o vírus em todo o mundo”.
Por terça livre