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DENÚNCIA: funcionários do hospital João Paulo ll relatam estarem desamparados por parte da direção e dificuldades em fazer exames para covid-19

Inúmeras denúncias feitas por funcionários do hospital João Paulo ll que circulam nas redes sociais mostram o desespero e falta de cuidado com os profissionais que estão na linha de frente no combate ao coronavírus. Pelo menos no início da pandemia é notória a falta de estratégia para evitar a contaminação por parte desses trabalhadores, já que era previsível tal contaminação pelo corpo clínico.

Nas denúncias, os profissionais relatam a falta de apoio por parte da direção do hospital com relação aos funcionários:

“Está ocorrendo uma grande injustiça para conosco, o secretário de saúde está colocando a culpa da disseminação do vírus em cima da enfermagem, dizendo que um enfermeiro poderia estar em uma festa, festa esta que nem sabemos mesmo se existiu, pois ao contrário do taxista, não divulgaram o nome de ninguém que esteve na festa, exceto do tal enfermeiro, será que estava sozinho nessa festa? Dizem que divulgaram o nome do taxista pra saber quem entrou em contato com ele, mas e essas pessoas que estiveram nessa festa devem ter entrado em contato com muitas outras pessoas da mesma forma”, relata funcionário do hospital.

Em outra mensagem é revelada que uma obra não aprovada pela engenharia foi realizada e que funcionários foram realocados em um espaço pequeno e que a partir daí surgiram novos casos:

“O fato é que o real motivo dessa disseminação em massa no hospital João Paulo foi uma obra não autorizada que a direção do hospital teimou em realizar, quebraram as paredes do PS II, e juntaram vários setores, os setores PS II e ALA I foram unificados, ficando as duas equipes de técnicos no mesmo espaço( minúsculo diga-se de passagem) ficavam aglomerados 16 técnicos dia e noite em um local minúsculo. Agora estamos vendo o resultado, neste período que perdurou até semana passada, quando a obra foi embargada, pois a engenharia não havia autorizado tamanha sandice, já que a quebra da parede comprometeu toda a estrutura já obsoleta do hospital, já havia colegas com os sintomas da COVID, porém nada foi feito e continuamos aglomerados. Agora o governo quer por na conta da enfermagem, um débito que não é nosso. E não estamos tendo voz perante a população. A população está preferindo acreditar nas jogadas de marketing do secretário, que a todo momento quer se isentar de responsabilidades”, denunciou.

Imagem do possível local que os funcionários foram realocados durante a obra

Funcionários que tiveram contato com os colegas que testaram positivo para a doença (que estão com febre, tosse e dor de garganta) relatam, hoje segunda-feira (20), a dificuldade que estão enfrentando para realizar a coleta dos exames. Segundo um funcionário, a gerência de enfermagem do hospital está pegando os dados desses funcionários e orientando a ligarem para o call center (0800 647-5225) da prefeitura e estão sendo orientados pelo CIEVs a fazerem o exame somente no caso de piorar.

 

 

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Em entrevista coletiva, nesta segunda-feira (20), contrariando o que foi dito por uma das chefes de enfermagem, o secretário de saúde Fernando Máximo afirmou que a AMI (assistência médica intensiva) está fazendo a coleta de material desses profissionais para que possa dar mais celeridade nos exames desses profissionais. Ao todo são 26 trabalhadores do hospital João Paulo ll que testaram positivo para a covid-19, 85 estão afastados por suspeita de estarem contaminados, 59 casos aguardando resultados e 19 testaram negativos para a doença.

Por jornalismo

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