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DENÚNCIA: médico relata perseguição por parte do secretário de saúde de Rondônia

Da redação

O médico emergencista e ex-coordenador da urgência e emergência do Hospital João Paulo II, Dr Vinícius ortigosa Nogueira, segundo informações está sofrendo retaliações por parte do secretário de saúde do Estado, Fernando Máximo, por críticas feitas as medidas consideradas por ele, ineficientes no combate ao covid-19. O secretário de saúde Estadual, segundo postagens em redes sociais, de forma sumária, sem qualquer diálogo com o profissional, o transferiu do Pronto Socorro João Paulo II para o Hospital de Medicina Tropical de Rondônia – Cemetron.

O médico Vinícius Ortigosa Nogueira havia apresentado uma análise que contribuiu para Plano de Contingência do coronavírus junto ao Tribunal de Contas do Estado de Rondônia – TCE/RO e ao Conselho Regional de Medicina de Rondônia – CREMERO. Ao destacar a letargia do poder público estadual em prover seguranças e ações efetivas de enfrentamento à pandemia e tecendo críticas ao modo de enfrentamento do vírus por parte do Governo.

Nogueira defendeu publicamente que era preciso “Garantir provisionamento de máscaras (cirúrgica e N-95); luvas; aventais impermeáveis; gorros; óculos de proteção suficientes para os profissionais e pacientes; Garantir de imediato a proporção de 1 ventilador mecânico (VM) para leito novo habilitado (verificar VM em estoque; ventiladores de transporte e carros de anestesia em cada hospital); Garantir bombas de infusão e equipos; monitores multiparamêtricos, com capnógrafo; sistemas de aspiração fechado; cateter venoso central; sonda nasoenteral e vesical, cateteres venosos centrais; cateter nasal e máscara com reservatório”, alertou o médico.

Denunciou ainda que, Porto Velho, com uma população de 519 mil habitantes tem apenas 124 leitos de UTIs e por fim defendeu a necessidade de “Trazer profissionais de outras especialidades e áreas para que atuem em força tarefa junto a equipe de UTI, em especial os médicos-emergencistas; Avaliar abertura de processo seletivo emergencial para médicos, enfermeiros, técnicos, fisioterapeutas e nutricionistas; Garantir treinamento prévio e EPIs para as equipes assistenciais”, completa.

Nas redes sociais amigos e colegas do médico se pronunciaram sobre o assunto, inclusive, a turma de medicina da Universidade Federal de Rondônia -Unir- emitiu uma nota de repúdio e descontentamento com a atitude por parte da Secretaria de Estado da Saúde.

 

Segue abaixo as manifestações nas redes sociais:

Nota dos alunos de medicina da Unir

Imagem: reprodução

A Secretaria Estadual de Saúde (Sesau), no momento, não se posicionou sobre o assunto.

Por jornalismo

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